14/12/2004 16h41 – Atualizado em 14/12/2004 16h41
24Horas News
A médica Hilvanete Monteiro Fortes negou hoje qualquer participação em desvio de dinheiro do extinto Instituto de Previdência de Mato Grosso (Ipemat), calculado em R$ 2,5 milhões. Ex-coordenadora de Assistência Médica da instituição de saúde, Hilvanete Monteiro prestou depoimento por quase 5 horas à delegada Alana Cardoso, responsável pela investigação. O depoimento foi acompanhado pela promotora Elizamara Singles, do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Hilvanete garantiu também não ter qualquer participação na Caixa de Assistência Médica (Camed), através da qual estariam sendo feitos os esquemas que resultaram no “rombo” no Ipemat. A médica se disse tranqüila e que no momento oportuno vai provar a sua inocência. “Tudo será devidamente esclarecimento e vou provar que não tenho nada com o que vem sendo divulgado” – ela comentou. A Camed está ligada às investigações relativas ao Ipemat porque durante as investigações ficou constatado que a conta de uma internação feita em um hospital particular de Cuiabá, para a realização de uma cirurgia de ponte de safena, foi paga pelo Ipemat, embora o paciente fosse credenciado do plano de Saúde. A conta, portanto, deveria ter sido paga pela empresa e não pelo Instituto de Previdência do Estado. O esquema de desvio, de acordo com o que já se divulgou do caso, era grande. Vera Martins Costa, que aparece como proprietária da Camed, também prestou depoimento nesta segunda-feira. Além dela, também foi ouvido pela delegada o funcionário do Tribunal de Justiça, Ubiraci Nogueira. Eles revelaram como funcionava a empresa, sendo que Vera, cunhada de Ubiraci, apenas emprestou o seu nome para constituição da empresa. Sete médicos já foram indiciados pelos crimes de peculato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e falsificação de documentos. Além de Hilvanete, foram indiciados: Thiers Ferreira, que presidia o Instituto; Hildevaldo Monteiro Fortes, que também trabalhava na coordenadoria; Francisco Mário Monteiro Fortes, médico contratado pelo Ipemat; Gersin Fernandes da Silva, bioquímico; Hildenete Monteiro Fortes, proprietária de um dos laboratórios envolvidos na fraude e então diretora do Hemocentro e Jorge Figueiredo, diretor da divisão técnica de contas médicas do Ipemat no mesmo período. 
