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domingo, 21 de dezembro de 2025

Navio chega a Santos com três clandestinos

14/12/2004 09h24 – Atualizado em 14/12/2004 09h24

A Tribuna – SP

A Polícia Federal interrogou ontem três clandestinos africanos que chegaram ao Porto de Santos a bordo do navio Miami. O trio, que segundo informações preliminares da PF, não se conhecia, é natural da Nigéria. A agência de navegação responsável pela embarcação, a Tropical, não soube informar onde eles irão ficar enquanto for analisado o processo — até o fechamento desta edição um deles havia pedido asilo político. De bandeira panamenha, o navio permanecia atracado no cais da Cosipa (em Cubatão) onde embarcaria aço.
Os clandestinos, cujos nomes apresentados à polícia foram Joseph Augustin (25), Ayaka Edeis (22) e Oseni Erefa Jackson (27), embarcaram no último dia 28, em Port Harcourt, na Nigéria. Segundo o delegado da PF, Luciano Pestana Barbosa, eles ficaram escondidos ‘‘em compartimentos da embarcação até quando serem achados, no último dia 4’’.

O trio foi então acomodado numa cabine do Miami, onde receberam suprimentos e roupas. Questionados pela Reportagem, antes de prestar depoimento, sobre o porque haviam fugidos, eles prefiriram não fazer qualquer comentário.

O delegado afirmou que Jackson, o primeiro a ser ouvido na sede da PF, na Praça da República, no Centro, afirmou estar sendo perseguido em seu país de origem por grupos religiosos. Por isso pediu asilo no Brasil.

Inevitável – Barbosa afirmou que um maior controle para refrear a vinda de clandestinos ao porto não depende de ações de segurança relativas à polícia daqui. E sim ao país de origem, onde a fuga acontece. Isso, mesmo num momento em que as instalações portuárias de todos os países signatários da Organização Marítima Internacional (IMO) se adequam a normas mínimas de segurança contra ataques terroristas e roubo de cargas (de acordo com o ISPS Code). Barbosa afirmou que o balanço deste ano sobre o número de clandestinos que desembarcaram no porto deve permanecer igual ao do ano passado.

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