20/12/2004 14h42 – Atualizado em 20/12/2004 14h42
A Tarde On Line
Documentos sobre mortes, desaparecimentos e eventuais torturas ocorridas durante a guerrilha do Araguaia foram completamente destruídos, informa a Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (20). Segundo a Folha, o Comando do Exército teria se pronunciado oficialmente sobre o assunto na última semana.
Na edição de domingo, a Folha divulgou que alguns documentos foram queimados na Base Aérea de Salvador este ano. De acordo com a declaração do Exército, os documentos e as respectivas ordens de destruição foram incineradas. A informação foi concedida à Folha pelo ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
O governo teria solicitado um posicionamento oficial do Exército sobre os documentos, após ter sido autorizada a abertura dos arquivos da ditadura. O objetivo era certificar de que as informações relatadas pelo ex-ministro da Defesa José Viegas eram verdadeiras. Durante o período que permaneceu como ministro, Viegas sustentou a versão que os documentos haviam sido incinerados.
A Comissão de Averiguação e Análise de Informações Sigilosas – formada por sete ministros – se reúne ainda nesta semana para avaliar o caso, informou a Folha.




