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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Cidade registra 18 atentados ao pudor

21/12/2004 08h29 – Atualizado em 21/12/2004 08h29

Da Redação

Dois casos de estupro, três tentativas de estupro e 18 atentados violentos ao pudor. Essas são as estatísticas de abuso e violência sexual contra criança e adolescentes registrados pelo Programa Sentinela de Três Lagoas.

De acordo com o relatório divulgado na semana passada pelo Programa, de janeiro a agosto de 2004 foram registrados dois casos de estupro, sendo duas meninas, uma entre 7 e 14 anos e outra entre 15 e 18 anos. Além disso, a estatística aponta três casos de tentativa de estupro, sendo todos de meninas, uma delas entre 0 a 6 anos, e as outras duas entre 7 e 14.

O relatório aponta também que, até agosto deste ano foram registrados 18 casos de atentados violentos ao pudor na cidade. Do total, 14 vítimas eram meninas, três de 0 a 6 anos, dez entre 7 e 14 anos e uma de 15 a 18 anos. O programa registrou também quatro casos de atentados violentos ao pudor contra garotos, todos na faixa de 7 e 14 anos. No relatório consta também oito casos de violência física.

AGRESSORES

As estatísticas comprovam também que os maiores agressores continuam sendo de dentro da própria casa. Dos casos de atentado violento ao pudor, cinco deles foi pelo padrasto, um pelo próprio pai, dois casos onde os autores são os avôs e dois por outros familiares. O relatório aponta também que um caso de estupro foi pelo tio. As mães aparecem no crime de negligência, com nove casos.

Quando não são por familiares, o abuso sexual de crianças e adolescentes são cometidos por colegas e visinhos da vítima. O relatório aponta também que 31 dos casos atendidos pelo programa, que atende não só a criança, mas como toda a família, tem renda familiar de até um salário mínimo. Já com renda de até três salários o número cai para 21 e de mais de três salários são apenas três casos. Além disso, nota-se também que a maioria dos agressores informados tem baixo nível de escolaridade, grande parte deles estudou até a quarta série.

PUNIÇÃO

Segundo a coordenadora do Programa Sentinela em Três Lagoas, Sandra Mara de Oliveira, explicou que um dos principais problemas nos casos de violência e abuso sexual contra criança e adolescente é a demora nos processos judiciais. “Alguns casos demora até um ano para que saia a pena do agressor, isso faz com que eles pensem que não irá dar em nada”.

Esse problema foi um dos temas discutidos durante um seminário realizado em Três Lagoas. “Acredito que com a Rede de Atendimento fechada e com o plano municipal de enfrentamento elaborado esses processos se tornem mais rápidos de agora em diante”, acrescentou. Sandra informou que dos casos registrados pelo programa, pouquíssimos agressores foram penalizados pelos seus crimes.

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