22/12/2004 13h46 – Atualizado em 22/12/2004 13h46
MS Noticias
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil já atuou em 19 casos desde que foi criada por determinação do governador Zeca do PT em maio deste ano. De acordo com o coronel João Alves Calixto, coordenador estadual de defesa civil, a situação mais adversa enfrentada foi a estiagem prolongada deste ano. “Nosso objetivo é diminuir a vulnerabilidade das áreas de risco em potencial”, esclarece.
De acordo com o coronel, 2004 foi um ano muito “generoso” para a Coordenadoria. “O governador Zeca do PT nos orientou para termos nosso trabalho voltado para o cidadão. Por isso treinamos agentes para enfrentarem situação de risco e, como isso, evitar maiores sofrimentos à população”.
A Defesa Civil também realizou cursos de capacitação de 250 agentes voluntários e ainda a simulação de acidentes em áreas de risco, como por exemplo, em Porto Morrinho, distrito de Corumbá, onde passa o gasoduto Bolívia/Brasil, quando foram mobilizadas forças da TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia/Brasil), da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, Exército, Marinha, Defesa Civil Municipal, Polícia Rodoviária Federal e da comunidade local. “Na ocasião foram capacitadas 36 pessoas para agirem, primeiramente, em caso de algum problema com o gasoduto”.
A Coordenadoria ainda ajudou na formação da implantação de Defesa Civil em 40 municípios de Mato Grosso do Sul e disponibilizou uma home page onde se encontram as orientações de como formar a Defesa Civil Municipal e ainda cadastrar voluntários.
Outra ação que merece destaque é a formação, em parceria com a Labre/MS (Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão), de uma rede alternativa de comunicação, usando rádioamadores, que se forma em situações de emergência. “Em uma situação de caos as comunicações normais são interrompidas. Nesse momento nós poderemos utilizar esta rede de rádioamadores”, detalha.
Nova Concepção – O coronel Calixto explica que o trabalho da Coordenadoria é focado na gestão de risco e que, segundo ele, isso é feito através de um mapeamento prévio das populações que se encontram em áreas de risco, tais como: encostas de morros e locais sujeitos a inundações. “Antes a Defesa Civil fazia a preparação, a prevenção, havendo o fato ela fazia o socorro e depois a reconstrução. Essa era uma doutrina da Defesa Civil Nacional. Agora, nós estamos acrescentando um quinto fator, a interrupção do ciclo do desastre. Vamos trabalhar para que o fato natural adverso não atinja o cidadão”.
“No ano que vem vamos trabalhar no mapeamento da população ribeirinha da bacia do Rio Aquidauana. A intenção é saber quais comunidades estão sujeitas a sofrerem com inundações. Com isso podemos retirar as pessoas um dia antes da inundação chegar. Este é o mapeamento de risco”, disse.
Outra novidade que está em fase de implantação é o Projeto Família Solidária, em que uma família que mora em uma área segura pode, eventualmente, receber em sua casa uma família atingida por uma catástrofe. “Com isso estaremos reduzindo o sofrimento dessa população atingida por adversidades”.
