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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Mais um remédio sob suspeita: o Flanax

22/12/2004 14h39 – Atualizado em 22/12/2004 14h39

último segundo

Mais um antiinflamatório entrou na lista dos que podem provocar danos ao coração: o Flanax, da Roche. O órgão que regula medicamentos nos Estados Unidos (FDA) anunciou que o consumo de medicamentos fabricados com o princípio ativo naproxyn (o do Flanax) deve ser suspenso depois de dez dias de ingestão ininterrupta.

A descoberta surgiu em um estudo que examinava se o Celebra (da Pfizer) e o Naproxeno reduziriam a incidência do mal de Alzheimer. A pesquisa foi suspensa segunda-feira quando foi revelado o aumento de 50% da incidência de enfarte e de embolia em pacientes que tomavam o Naproxeno. A Pfizer divulgou nota oficial ontem afirmando que o National Institute of Health (ligado ao FDA) anunciou não ter verificado aumento dos riscos cardiovasculares do Celebra.

O Flanax chegou ao Brasil em 2000, pela Roche. A partir da semana que vem, porém, ele será comercializado pela Bayer. Em comunicado oficial, a Bayer informa ainda não ter tido acesso a todas as informações, não poderia ainda comentar o estudo e está investigando o caso.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Flanax não terá sua venda suspensa no País porque a advertência feita pelo estudo americano só vale para pacientes que excedem a dose recomendada. Na bula já existe a recomendação de que o medicamento não é indicado por mais de dez dias consecutivos, a não ser sob orientação médica. No Brasil, o medicamento é vendido sem prescrição médica (em embalagens de 275 mg) e com prescrição (de 550 mg). O Flanax é inibidor principalmente da enzima COX-1, presente em todo corpo. O Celebra, o Bextra e o Vioxx, já acusados de causar problemas cardiovasculares, são inibidores da COX-2, enzima que não está presente no estômago.

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