22/12/2004 14h57 – Atualizado em 22/12/2004 14h57
Coxim News
O grupo Margen, alvo recente de ação da Polícia Federal, pode demitir cinco mil dos seus 11 mil funcionários esta semana. O gerente comercial do grupo, Wagner Cyrne Diniz, afirmou, em entrevista ao jornal Valor Econômico que Mato Grosso do Sul pode ser o maior prejudicado. Aqui, o grupo tem unidades em Paranaíba, Coxim, Batayporã, Naviraí e Três Lagoas. Em Campo Grande há empresas ligadas ao Margen.
Em Batayporã já foi anunciada a demissão de 370 pessoas. Das 21 unidades, só três estão operando, disse Diniz. A média de abate baixou a 15% dos oito mil bovinos por dia. A crise envolvendo o grupo refletiu no preço do boi, uma vez que há oferta maior, aponta a reportagem. Diretores do Margen estão presos e a Justiça negou recursos. Isso prejudica administrativamente as empresas, diz Diniz. Ele cita que falta capital de giro e as unidades estão negociando com pecuaristas para pagar pelos animais.
O Margen exporta metade do que abate. Em outubro, a receita estimada foi de US$ 20 milhões e este mês pode cair a US$ 2 milhões. O grupo era o segundo maior do País em abates, atrás do Friboi, com 12 mil cabeças/dia.
O grupo é acusado de sonegar R$ 150 milhões em tributos federais. A investigação da Polícia Federal foi coordenada pela Superintendência de Mato Grosso do Sul. Entre as acusações feitas estão evasão de divisas e lavagem de dinheiro, com o uso de laranjas.
Parte das unidades do Margen foi aberta através de parcerias e arrendamentos.




