27/12/2004 11h23 – Atualizado em 27/12/2004 11h23
Reuters
O forte terremoto que atingiu o sudeste da Ásia neste domingo provocou ondas gigantes tsunami que mataram milhares no Sri Lanka, na Índia, na Indonésia e na Tailândia.
Tsunami é a palavra japonesa traduzida como “onda de porto”. A palavra é usada com frequência de maneira incorreta para ondas geradas pelo movimento periódico da água associado à subida e descida das marés.
Oceanógrafos chamam ondas sísmicas de tsunamis porque em geral são causadas pelo aumento ou baixa repentina de parte da crosta terrestre sob ou perto do oceano. Ondas tsunami com menos força também podem ser geradas por atividade vulcânica. São mais comuns no Oceano Pacífico.
Uma tsunami não é uma única onda, mas uma série de ondas que podem viajar pelo oceano com velocidades de mais de 800 quilômetros por hora. No oceano profundo, centenas de quilômetros podem separar os topos das ondas. Muitas pessoas morreram durante tsunamis depois de voltar para casa achando que as ondas tinham acabado.
Quando a tsunami entra na linha costeira, sua velocidade diminui, mas a altura aumenta. Uma tsunami de alguns centímetros ou metros de altura pode atingir de 30 a 50 metros de altura na costa, com força devastadora.
Para quem está na praia, não há sinais da aproximação de uma tsunami. O primeiro indício costuma ser uma elevação da água, mas não igual às das tempestades.
Em 1883, uma tsunami formada depois da erupção do vulcão Krakatoa, entre as ilhas indonésias de Java e Sumatra, matou 36.000 pessoas. A passagem da Tsunami foi registrada até no Panamá.
Em julho de 1998, dois terremotos submarinos de magnitude 7,0 criaram três tsunamis que mataram pelo menos 2.100 pessoas perto da cidade de Aitape, na costa norte de Papua Nova Guiné.
Moradores disseram que as grandes paredes de água, que avançaram dois quilômetros, soavam como caças pousando.





