28/12/2004 09h33 – Atualizado em 28/12/2004 09h33
Terra
A telefonista da Prefeitura de Campos de Jordão, Regina Célia dos Santos, registrou na delegacia de polícia do município um pedido de busca e apreensão do filho que havia entregue para a adoção. Regina diz que concordou em entregar o filho Lucas, de quatro meses, num momento de desespero.
Segundo o Diário de São Paulo , Regina escreveu uma declaração de que iria entregar o seu filho para adoção no último dia 8 e entregou a uma conselheira tutelar do município. Poucos dias depois, Célia diz ter caído em si e se arrependido. O bebê, afirma ela, foi entregue pela conselheira tutelar Maria Joaquina dos Santos a um casal de dentistas que mora na capital paulista.
No dia 16 de dezembro, a telefonista registrou um boletim de ocorrência contra a conselheira com um pedido de busca e apreensão do menino. No dia seguinte, 17 de dezembro, o casal interessado no garoto ingressou com uma ação de adoção no Fórum de Campos de Jordão solicitando a guarda provisória do bebê.
O pedido foi aceito pelo juiz José Cláudio Abrão Filho. Agora, Regina aguarda o resultado de uma contestação contra a decisão da Justiça. Três advogados da Ordem dos Advogados do Brasil local trabalham gratuitamente no caso em favor da telefonista desde a semana passada.
Segundo Regina, o menino foi entregue à nova família ilegalmente, porque nem o juizado e nem o promotor da Infância e da Juventude do município foram consultados. A conselheira tutelar diz que, por se tratar de um caso que envolve uma criança, não pode se manifestar sobre o assunto por conta de sua atuação profissional.





