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domingo, 21 de dezembro de 2025

Japão desenvolve tecnologia para motoristas

29/12/2004 09h40 – Atualizado em 29/12/2004 09h40

AP

O Japão possui algumas das mais congestionadas ruas do mundo. Porém, o país investiu nas últimas tendências tecnológicas de envio de dados computadorizados a milhões de carros. Com isso, consegue oferecer uma das maneiras mais inteligentes de como dirigir.
Os sistemas de navegação de automóveis podem informar rapidamente aos motoristas quais ruas possuem trânsito congestionado. Graças a um sistema de radio FM que coleta e envia informações de mais de 28 mil pontos infravermelhos e de ondas de rádio ao longo das estradas, é possível calcular quantos segundos levaria uma corrida virtual entre cada cidade. Além disso, o sistema é capaz de selecionar as rotas mais rápidas.

Cerca de um milhão de veículos ¿ dos 70 milhões que saem às ruas japonesas atualmente ¿ possuem o sistema instalado. Isto se deve ao fato de os sistemas mais comuns de navegação no Japão oferecerem uma fração das informações disponíveis sobre o trânsito.

Os equipamentos oferecidos por comerciantes não são de alta qualidade e os sistemas de primeira linha não possuem muita publicidade no Japão. Os melhores modelos também custam caro: os equipamentos custam entre 100 mil yen (US$ 950 mil) a 200 mil yen (US$ 1.900 mil). Conseguir maiores informações em tempo real adiciona 25 mil yen (US$ 240 mil) ao preço.

Outro obstáculo: a Highway Public Corp. japonesa, organização sem fins lucrativos que administra as auto-estradas do país e os sistemas de transportes, foi muito criticada por corrupção e desperdício de dinheiro. A atual administração do país está tentando privatizar a Highway a fim de tornar suas operações mais transparentes e eficientes. Pedágios eletrônicos, vias com chips e carros “inteligentes” não envolvem tecnologia de última geração, mas atar os sistemas é complicado.

“Para adquirir todo o sistema, todos têm de concordar em como fazê-lo, que tipo de tecnologia usar, que tipo de padrões, e quem pagará por isso”, disse Gabriel Sanchez, diretor da Sociedade Norte-Americana de Inteligência de Transportes, grupo sem fins lucrativos dos governos federal e estadual, bem como de pesquisadores de Washington, Estados Unidos.

Sem esforço coordenado, sistemas de transportes inteligentes dão passos de crianças. No entanto, a próxima geração telemática deve conectar carros uns com os outros.

Ainda em testes pelo Instituto Nacional de Tecnologia de Informação e Tecnologia, um grupo japonês de pesquisa, carros se conectam a outros carros para conseguir informações sobre acidente automobilísticos ou sobre a ambulância mais próxima.

Uma imagem de ambulância ou de um carro quebrado aparece em uma tela quando sinais são recebidos de outros veículos. Desta forma, a informação é transmitida de carro para carro.

No apertado Japão, até pedestres podem usar a tecnologia telemática. Projetos recentes de pesquisa combinam óculos e fones de ouvido para cegos, captando sinais infravermelhos que recitam “vermelho, vermelho, vermelho” ou “verde, verde, verde” à medida que se aproximam de cruzamentos.

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