29/12/2004 18h07 – Atualizado em 29/12/2004 18h07
Da Redação
Por quase dois anos se estendeu a polêmica sobre a invasão das casas da Vila Piloto 5. Ao todo, foram 300 residências construídas como obra de compensação da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). O caso só foi resolvido no dia 18 de novembro, quando oficiais de Justiça cumpriram a ordem de despejo de 50 famílias que se apropriaram indevidamente das casas.
Aproximadamente 100 policiais militares foram mobilizados para a operação, dando apoio aos oficiais. Entre eles estavam a Tropa de Choque de Três Lagoas, policiais da Ronda Ostensiva Tática do Interior (Rotai) e a Companhia Independente de Gerenciamento de Crimes de Operações Especiais (Cigcoe), fortemente armados com escopetas, metralhadoras, armas com balas de borracha, bombas de efeito moral e cães treinados. O objetivo era conter qualquer tipo de manifestação. Na época cinco pessoas foram detidas.
Na época, muitas famílias despejadas se locomoveram para casa de amigos e parentes, já outros, que não tinham onde viver tiveram que se instalar em baixo de árvores existentes no local. Alguns deles tiveram que até esperar a doação de lonas para a construção de barracos. A tristeza na época foi total, por todos os lados se via mulheres e crianças aos prantos.
DESFECHO
Em dezembro, a Secretaria de Habitação e Infra-estrutura do Estado de Mato Grosso do Sul (Agehab) liberou 14 moradias do Conjunto Habitacional Vila Piloto 5 para as famílias que estavam acampadas em barracos de lona no local, em condições subhumanas. Já no dia 17 do mesmo mês, o presidente da Agehab esteve presente em Três Lagoas para a entrega definitiva das chaves do conjunto habitacional às 300 famílias contempladas. O clima foi de festa e alegria.




