30/12/2004 15h50 – Atualizado em 30/12/2004 15h50
Da Redação
Há um ano atrás a direção do EPTL (Estabelecimento Penal de Três Lagoas) encaminhou ofício a então Diretora Geral do DGSP (Diretoria Geral de Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul), Zenóbia Silva Pedrosa, informando a “real situação do EPTL”. O oficial William Emanuel Rodrigues, que assumia provisoriamente o lugar do diretor do Estabelecimento Gilmar Gomes, relatava no documento os problemas existentes e as conseqüências se a situação fosse mantida.
SUPERLOTAÇÃO
Um dos fatores citados era a superlotação. Em 2.003 eram 255 internos. Atualmente são 251. A capacidade máxima permitida é de apenas para 58. Este ano, ao analisar a situação, o juiz de execuções penais de Três Lagoas, Marcio Rogério Alves, determinou a transferência de vários sentenciados e das internas que ocupam um das alas do presídio. As internas foram transferidas para a cidade de Corumbá e em novembro, retornaram a cidade onde cumprem pena em um presídio feminino construído pela Administração Penitenciária do MS.
“Por enquanto o clima ainda está tranqüilo, pois estamos num clima de festas e os internos recebem várias visitas, o problema maior será depois do dia 3 de janeiro”, comentou um dos agentes penitenciários ouvidos pela reportagem.
FALTA DE AGENTES
Um outro problema levantado na época era a falta de agentes penitenciários no local. Com a saída de agentes penitenciarias, transferidas para o presídio feminino, inaugurado esse ano, o quadro no EPTL foi reduzido. Havia 25, agora possui 18. Há previsão da chegada de 20 novos agentes até o final de janeiro de 2.005. “O problema não é a quantidade de agentes o problema e a falta de segurança do prédio e a superlotação carcerária” comentaram os agentes.
PREOCUPAÇÃO
A preocupação dos agentes é depois do dia 3, mesmo com o fato de que a maioria dos internos preferirem evitar qualquer tipo de motim para não se complicarem ainda mais perante a Lei. “Seria como uma dinamite, pronta para estourar a qualquer momento”, afirmaram. Os agentes ouvidos pela reportagem preferiram não ser identificados por temerem represálias da direção do presídio.
A reportagem tentou falar com o agente Willian Rodrigues mas foi informada que estava de férias na cidade de Bauru, interior de São Paulo.





