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domingo, 21 de dezembro de 2025

Funcionários de frigorifíco decidem sobre protestos

30/12/2004 10h12 – Atualizado em 30/12/2004 10h12

RMT online

Os funcionários da rede Margen de frigoríficos das cidades de Coxim e Paranaíba, realizam esta manhã uma assembléia para decidir sobre protestos nas regiões.

Em Coxim, município que fica a 266 quilômetros da Capital, a previsão é que os funcionários bloqueiem a BR-163, mas de acordo com funcionários do frigorífico o protesto ainda não teve início.

Em Paranaíba, município que fica a 410 quilômetros da Capital, os funcionários também estão reunidos em assembléia para decidir os rumos dos protestos. Nesta quarta-feira, aproximadamente 130 funcionários do frigorífico em Naviraí, bloquearam a rodovia MS-141, que liga o município a Ivinhema.

Os trabalhadores reclamaram da demissão em massa feita pelo grupo. E em Três Lagoas, que fica a 324 quilômetros da Capital, 5000 funcionários realizaram uma manifestação pacifica na frente do frigorífico, para pedir que as autoridades vejam a situação dos trabalhadores. Em Três Lagoas moram mais de 70 mil habitantes.

Demissões em massa – Os trabalhadores souberam nesta terça-feira que iriam perder os empregos. A razão da demissão em massa é um caso de polícia. A decisão anunciada pela Rede Margen vai tirar o emprego só em Mato Grosso do Sul e Goiás de aproximadamente cinco mil pessoas. Segundo o advogado da rede, Ney Moura Teles, a medida também será adotada em outras unidades do país. Isso deixaria na rua dez mil trabalhadores. De uma hora para outra a empresa demitiria todos os funcionários. A rede de frigoríficos é a segunda maior do país.

No começo do mês os três donos da empresa foram presos pela Polícia Federal acusados de formação de quadrilha, fraude fiscal, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. De acordo com a polícia, o grupo deve à Receita Federal mais de R$ 150 milhões.

Um super esquema de sonegação com ramificações até no exterior. Doze pessoas foram presas pela Polícia Federal durante a Operação “Perseu”.

Foram oito meses de investigações. A movimentação de R$ 2,3 bilhões por ano, um abate de oito mil cabeças de gado por dia e o crescimento do grupo levantaram suspeitas. Em Campo Grande, os federais recolheram computadores e muitos documentos em três empresas.

Enquanto os trabalhadores protestavam, o advogado da empresa reconhecia que a decisão pode ser alterada desde que a justiça liberte os empresários.

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