30/12/2004 10h33 – Atualizado em 30/12/2004 10h33
Bom Dia MS – TV Morena
Muitos períodos da evolução da terra ainda são um mistério para a ciência. E é para explicar fenômenos que aconteceram ao longo dos milênios que pesquisadores vieram a Mato Grosso do Sul.
Eles descobriram vestígios de que a América já fez parte de um único continente, junto com a África e a Ásia. Uma grande movimentação das chamadas “placas tectônicas” – que provocam terremotos como o que abalou a índia nesse fim de semana – deu origem a atual formação da terra.
No topo do Estado uma visão impressionante. Montanhas de minério e embaixo a imensidão do pantanal. Na pedreira desativada o movimento das placas subterrâneas ficou gravado nas camadas de pedra.
Há cerca de 150 milhões de anos a terra já tinha descongelado e existia um continente muito grande que se chamava Gondwana. As movimentações das placas tectônicas, aquelas que provocam os terremotos, fizeram com que esse globo se separasse formou um novo oceano entre os pedaços de terra, o oceano atlântico. Uma parte do continente se tornou o que é a África hoje e a outra parte é o continente americano.
E quando essas placas subterrâneas se chocam, surgem as cadeias de montanhas. Estou na serra da Bodoquena falando dessa movimentação e formação.
A cadeia de montanhas que vemos hoje, em um passado remoto já foi muito mais alta, pode ter chegado a oito, nove mil metros. A paisagem de hoje é o que restou da montanha depois de milhares de anos de muita chuva, muito vento, intempéries que desgastaram a rocha.
E o que muita gente não sabe é que a terra ainda está em evolução e os continentes continuam se movendo. Mas o caminho dessa vez é em direção a Ásia.
E amanhã, na última reportagem da série “Expedição”: a pesquisa abrindo caminhos para o desenvolvimento econômico. Na região da serra da bodoquena os pesquisadores descobriram a existência de fosfato: um mineral que pode gerar muito dinheiro para Mato Grosso do Sul.




