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quinta-feira, 17 de julho de 2025

Reunião discutiu a indústria de pasteurização

08/01/2005 11h24 – Atualizado em 08/01/2005 11h24

Da Redação

Ainda durante a reunião, o presidente explicou sobre a verba liberada parao município. A verba para a criação da Indústria “Nossa Senhora Aparecida” foi liberada no mês de dezembro, quando o deputado estadual, João Grandão, liberou R$ 4 milhões para 29 municípios do Mato Grosso do Sul. Três Lagoas foi beneficiada com R$ 300 mil para a instalação da mesma. A área de 15 mil metros quadrados foi doada pelo prefeito na época, Issam Fares. A indústria será construída no distrito industrial da Vila Piloto.

Alves explicou que a usina deverá assegurar os empregos dos leiteiros, já que há anos se prolonga a venda do leite “in natura”, proibida pelo Ministério. “Com a usina, os leiteiros terão como pasteurizar o seu leite e entrega-los aos seus clientes de acordo com as normas de saneamento básico. Além disso, com a pasteurização, o campo de vendas irá abrir, já que eles poderão vender para padarias, mercados e outros estabelecimentos comerciais”, informou.

De acordo com o presidente, Três Lagoas produz hoje cerca de 48 mil litros de leite por dia. Ele estima que mais de 40 mil pessoas consumam leite in natura na cidade.

A indústria terá capacidade para pasteurizar 15 mil litros de leite dia. Já o projeto do laticínio tem capacidade para industrialização de 25 mil litros. Alves acredita que a indústria esteja funcionando até julho deste ano. “Falta apenas a parte burocrática, de licitação e outros detalhes. O prazo da construção é de 90 dias, mais 45 para a chegada do maquinário”, acrescentou.

LEITE IN NATURA

O problema da venda do leite in natura se estende há mais de um ano em Três Lagoas. Nesse tempo diversas reuniões foram realizadas entre produtores rurais, leiteiros e o Ministério Público. O prazo para acabar com a venda do “leite de canequinha” era até julho do ano passado, mas devido à possibilidade da construção da indústria, o Ministério Público decidiu prorrogar a data.

Para comprovar os riscos causados pelo consumo do leite in natura, no ano passado, o Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), realizou, a pedido do promotor de Justiça, Fernando Lanza, uma análise na qualidade do leite in natura distribuída na cidade. Na época foram coletadas 21 amostras, e o resultado foi assustador, 100% das amostras apresentavam algum tipo de contaminação. Apenas em uma amostra não foi encontrada coliformes fecais, bactérias encontradas apenas em fezes de animais e humanos. Além disso, mais da metade das amostras continham de água.

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