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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Copos descartáveis têm de enquadrar-se às normas da ABNT

11/01/2005 13h48 – Atualizado em 11/01/2005 13h48

Midiamax News

Os fabricantes de copos descartáveis de 50 ml (de cafezinho) têm até o mês de fevereiro para iniciar o processo de adequação dos produtos às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Já os que fabricam os outros volumes (200 ml) até o mês de setembro para concluir o mesmo processo, sob pena de multa diária e processo judicial.

O Inmetro analisou 12 marcas de copos descartáveis de café e água e detectou o que todos os brasileiros já suspeitavam: há um não atendimento generalizado às normas da ABNT. Além de desobedeceram aos padrões de qualidade, a maioria pratica concorrência desleal e prejudica o consumidor. Apenas uma marca de copo descartável, das 12 analisadas, estava dentro dos padrões.

Os perigos e os prejuízos para o consumidor são claros: além de sofrer pequenas queimaduras, ao colocar um líquido quente em um desses copos de café, ele precisa comprar uma maior quantidade deles, já que desde o primeiro momento em que começou a usá-los descobriu que só funcionavam do jeitinho brasileiro: ao invés de um, como é recomendado, o consumidor usa dois copos de uma vez, para dar peso e sustentação ao descartável. Ou seja, o consumidor perde em tudo, até no bolso – compra copos, mas só usa a metade deles.

Já o fabricante que não segue as normas da ABNT, além de desprezar o consumidor brasileiro, pratica a concorrência desleal: não seguindo as normas, gasta menos com a matéria-prima necessária ao copo descartável e pode vendê-lo mais barato do que o fabricante cumpridor dos seus deveres. Ou seja, ganha quem não segue critérios básicos de fabricação e pode distribuir no mercado copos descartáveis baratos. Usar determinada quantidade de matéria-prima, para que o copo tenha resistência suficiente à compressão lateral. Se o copo não tem peso mínimo estabelecido em norma, significa que o fabricante usou menor quantidade de matéria-prima e, portanto, a sua parede é muito fina, não permitindo esta compressão.

Isso faz com que os copos rasguem facilmente ou deixem o líquido transbordar quando o consumidor o segura. E, em alguns caso, o consumidor acaba se queimando, quando o líquido está quente. A análise dos copos descartáveis brasileiros começou a ser feita desde que um consumidor ligou para a Ouvidoria do Inmetro, reclamando. Esta foi a mensagem enviada por este consumidor: “Gostaria de saber qual a temperatura máxima dos copos descartáveis(…), pois compro café com leite todos os dias e hoje o copo se derreteu com o calor do líquido e fiquei no prejuízo (…). Por favor, façam esta medição, pois como eu tem pessoas que não podem comprar duas vezes o mesmo produto por erro das embalagens”.

Muitos outros consumidores ligaram para a Ouvidoria do Inmetro reclamando também da qualidade dos copos plásticos. O Instituto Nacional do Plástico, entidade que congrega as maiores associações, também solicitou que o Inmetro analisasse os produtos e ajudasse o setor a promover qualidade. A partir do próximo mês, portanto, todos os fabricantes brasileiros de copos descartáveis terão que começar a se adequar à medida certa e a padrões de qualidade bem definidos.

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