11/01/2005 10h52 – Atualizado em 11/01/2005 10h52
IG
Mais de 400 especialistas de 30 países trabalham atualmente na Tailândia, onde participam na maior operação de medicina forense jamais organizada. A decisão veio após denúncias de enterros de milhares de vítimas – nativos e turistas – em valas comuns coletivas, sem trabalhos de identificação.
Muitos parentes enterravam o que acreditavam ser seus parentes a partir de um reconhecimento visual – pouco preciso devido ao grave estado de putrefação dos corpos.
“Os países devem ser pacientes”, afirmou Jeff Emery, inspetor da polícia australiana, que dirige o Centro de Informação de Vítimas da Catástrofe (DVI) aberto esta segunda-feira na devastada cidade de Phuket.
“Este centro poderá funcionar entre seis e nove meses e inclusive mais tempo”, calculou. Mesmo os corpos que já foram enterrados serão exumados com identificação.
O mais recente balanço provisório na Tailândia é de 5.309 mortos – 1.728 tailandeses, 1.240 estrangeiros e 2.341 pesssoas cuja origem não pôde ser determinada.
O número de desaparecidos chega a 3.370 pessoas, delas 1.102 estrangeiras, todas consideradas mortas.
“É uma operação muito importante. O número de mortos é muito elevado. O procedimento deve ser muito detalhado. Não podemos permitir erros em termos de identificação”, explicou o especialista.
As crianças, acrescenta, são mais difíceis de identificar devido à ausência, na maioria dos casos, de históricos dentários.