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sábado, 10 de maio de 2025

Frango tem água além do permitido

02/02/2005 15h22 – Atualizado em 02/02/2005 15h22

Agrolink

Testes realizados pelo Ital – Instituto de Tecnologia de Alimentos – a pedido do Idec – Instituto de Defesa do Consumidor – com oito amostras de aves congeladas produzidas por oito diferentes empresas revelaram que apenas uma delas apresentou níveis de água dentro do permitido pela portaria 210 do Ministério da Agricultura.

Segundo o Idec, só o frango congelado da Copacol, com 5,6% de água, foi aprovado no “drip test” (teste de gotejamento), que verifica a quantidade de água resultante do descongelamento da ave. O percentual permitido pelo Ministério – que se refere ao volume de água que pode ser absorvido pela ave quando esta é submetida a congelamento ou resfriamento – é de 6%.

Segundo o teste, o galeto congelado da Aurora apresentou 7,8% de água; o frango congelado da Dagranja, 9,4% e a galinha congelada do Flamboiã, 7,4%. Já o frango congelado da Korin apresentou percentual de 11% e o frango congelado caipira da Nhô Bento, 11,9%. O galeto congelado da Perdigão mostrou percentual de 7,4% de água e o frango congelado da Sadia, de 6,6%.

Para o Idec, o percentual de água acima do limite no frango “representa prejuízo” ao consumidor, que está “pagando pela água incorporada ao produto no processo de resfriamento”. O Idec avaliou ainda rotulagem, qualidade sanitária e serviço de atendimento ao consumidor.

As análises microbiológicas indicaram presença de Salmonella sp no produto da Perdigão.

Em relação à rotulagem, “todos os produtos foram reprovados”, disse o Idec. Os resultados se referem apenas aos lotes específicos testados em dezembro.

O Idec informou que Perdigão, Flamboiã, Aurora, Korin, Sadia e Dagranja questionaram os resultados do “drip test” e afirmaram estar dentro dos padrões, que são acompanhados pela Serviço de Inspeção Federal. Perdigão e Flamboiã apresentaram laudos de testes realizados. Em relação à presença de salmonella na amostra, a Perdigão informou que “realiza rigorosos controles para eliminação desse microrganismo, mas reconhece que a nível mundial esse problema ainda não está totalmente resolvido”.

A Sadia informou que a diferença entre “o limite previsto na legislação (6%) e a medição feita pelo ITAL (6,6%) pode ser decorrente de uma flutuação na temperatura do produto desde a saída da fábrica até o momento da coleta no supermercado”.

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