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quarta-feira, 25 de junho de 2025

Dia de São Valentim: da amizade ao romance infiel

14/02/2005 09h33 – Atualizado em 14/02/2005 09h33

EFE

A festividade de São Valentim, que há cerca de dois séculos começou a ser comercializada como o Dia da Amizade, evoluiu em décadas recentes para o Dia dos Namorados, e agora é o dia de maior infidelidade sexual nos Estados Unidos.

O que é um retorno às origens: o dia de São Valentim foi comemorado, com diversas conotações, desde que a Igreja Católica sobrepôs o dia de um sacerdote martirizado no ano 270 ao festival pagão de Lupercalia, em honra a Fauno, deus dos rebanhos e da fertilidade.

No dia 14 de fevereiro, as crianças nas escolas trocam cartões e doces e os adultos trocam bombons, perfumes e, com freqüência cada vez maior e a um custo cada vez mais alto, artigos de lingerie que muitos homens compram e poucos presenteiam suas esposas.

“A infidelidade não faz pausa no Dia de São Valentim”, segundo Ruth Houston, que se define como especialista em deslizes de fidelidade e autora do livro: “Ele está te enganando? 829 sinais que denunciam”.

“De fato, 14 de fevereiro é o dia do ano em que chegam ao máximo a infidelidade e os encontros extraconjugais”, segundo Houston. “Milhões, literalmente milhões, de maridos e namorados que não compram presentes de São Valentim para suas esposas e namoradas gastarão muito dinheiro para presentear essa outra mulher”, afirma.

A coisa vai para os dois lados, acrescenta a especialista: “Milhões de esposas receberão presentes de São Valentim de seus amantes secretos”.

O que, aparentemente, não acontece só nos Estados Unidos, pois um estudo do Instituto Gewis de Pesquisa Social, com sede em Hamburgo na Alemanha, mostrou que entre os homens e mulheres de 25 a 35 anos de idade dos dois lados do Atlântico, 53% delas e 59% deles confessaram infidelidade.

Entre as razões principais para as traições está o romance no local de trabalho: de acordo com a Enquete Vault de Romance no Escritório, este ano 58% dos empregados consultados disse que teve um namoro com alguém em seu trabalho. Há dois anos apenas 46% dos entrevistados respondiam sim a este tipo de assunto.

Às vezes os amores nascidos e cultivados em horário de trabalho se consolidaram em casais. Dos entrevistados, 22% disseram que tinham conhecido seu cônjuge ou par no local de trabalho.

Uma regra básica para que os presentes de São Valentim nos locais de trabalho se mantivessem no terreno seguro da amizade, sem deslizes arriscados no caminho dos romances, era, até há alguns anos, que o presente não fosse algo que entrasse em contato com a pele da pessoa presenteada. Os doces eram aceitáveis, os presentes de vestir não.

Mas Lupercalia tem uma história mais antiga e impetuosa que São Valentim e, por isso, entre os presentes mais seletos estão agora os conjuntos livres e caríssimos de lingerie feminina.

Breckinridge Ely, da revista Forbes, lido pelos executivos de grandes empresas e que querem imitá-lo, recomenda nesta semana: “Esqueça as rosas e chocolates. Presenteie com lingerie”.

Entre suas recomendações está o espartilho de La Perla que pouco aperta e cobre menos ainda e custa 335 dólares, e a calcinha da Strumpet and Pink, diminuída adicionalmente por uma abertura frontal com pequenos botões, pela módica quantia de 330 dólares.

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