12/04/2005 14h38 – Atualizado em 12/04/2005 14h38
Ansa
Ainda muito abalada pelos acontecimentos durante sua libertação, quando o carro em que viajava foi alvejado por soldados americanos, Giuliana Sgrena parece muito determinada ao pedir que sejam esclarecidos os fatos que levaram ao ataque, que resultou na morte do agente secreto italiano Nicola Calipari, que a acompanhava no veículo. O diretor do jornal onde Sgrena trabalha, o Il Manifesto, Gabriele Polo, apresentou na sede da Federação Nacional da Imprensa Italiana (FNSI) o DVD O mês mais longo com quase uma hora de relatos e imagens de Sgrena, registrados ainda no hospital poucos dias depois de sua volta à Itália. O lançamento do DVD marca a primeira aparição pública da jornalista (sem contar uma visita à redação de Il Manifesto alguns dias atrás). Ela ainda não pode mover o braço esquerdo, por causa dos ferimentos que sofreu no Iraque. No DVD, que será vendido com o jornal a partir de amanhã, por duas semanas, ela descreve seu relacionamento com os seqüestradores, que no domingo após o seqüestro permitiram que ela assistisse, na televisão, com a notícia da própria captura. Ela ainda conta no filme de ter perguntado aos seqüestradores: “Por que eu?”. A reposta foi “porque a guerra é assim, para nós vocês são todos espiões, são todos iguais, e devem ir embora”.