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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Juiz acusado de matar colega é indiciado

12/04/2005 14h33 – Atualizado em 12/04/2005 14h33

GAZETA ON LINE /COSTA RICA NEWS

O juiz Antônio Leopoldo Teixeira, apontado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública como mandante do assassinato do colega Alexandre Martins de Castro Filho, e o coronel da Polícia Militar, Walter Gomes Ferreira, foram indiciados por homicídio qualificado mediante pagamento (crime de mando) e corrupção passiva, no inquérito que apura a morte do magistrado, no inquérito que apura a morte do magistrado. O juiz Leopoldo, que está preso no Quartel da Polícia Militar, em Vitória, teve ainda a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias. A decisão foi tomada pelo relator do inquérito no Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, e aprovada, por unanimidade, pelos demais 20 desembargadores que integram o Tribunal Pleno de Justiça do Espírito Santo. De acordo com o desembargador, a decisão foi baseada em provas, indícios e nos depoimentos, que, segundo ele, comprovam a participação dos dois na morte do juiz. – Viramos várias noites de trabalho no Tribunal, mas felizmente a documentação permitiu um fácil desenvolvimento do trabalho. Agora, eu não posso me manifestar sobre isso, caso contrário estarei impedido para analisar os posteriores do processo – comentou o desembargador. Durante a leitura do relatório final das investigações, o que durou aproximadamente duas horas, Feu Rosa descartou qualquer envolvimento dos juízes capixabas Jaime Ferreira Abreu, José Rodrigues Pinheiro, Luiz Guilherme Risso, Ivan Costa Freitas e João Miguel Filho no crime. Todos haviam sido citados no inquérito e foram ouvidos em depoimento nos últimos dias. O ex-policial civil Cláudio Luiz Andrade, o Calu, que também foi citado no inquérito, acabou não sendo indiciado. Depois de ficar preso alguns dias, ele já está em liberdade. – Ele foi citado no relatório, não como envolvido no homicídio, por isso eu não pude indiciá-lo. Se há outra irregularidade, compete ao Ministério Público de 1º Grau apreciar e se for o caso denunciar para o juiz. O Tribunal de Justiça só pode apreciar fato cometido por juiz e as pessoas que participaram com o juiz nesse crime – explicou o desembargador Pedro Valls. A documentação completa será encaminhada, nos próximos dias, ao procurador-chefe do Ministério Público Estadual, José Paulo Calmon Nogueira. Ele deve analisar, junto a uma equipe de três procuradores, todas as apurações que foram feitas pelo Tribunal. Depois, decide se vai oferecer ou não denúncia sobre o caso. Após a leitura do relatório, o pai do juiz assassinado, o advogado Alexandre Martins de Castro, afirmou que esperava a divulgação de outros nomes, que possivelmente estariam envolvidos na morte de seu filho. – Eu sempre disse que poderia haver envolvimento de outras pessoas. Pelas provas colhidas, não há nenhuma dúvida da participação dos dois apontados. Agora, é possível que mais à frente possa aparecer um outro participante deste crime. O advogado Fabrício Campos, responsável pela defesa do juiz Leopoldo, disse que o indiciamento é um rumo normal a ser tomado em qualquer inquérito policial. Ele não entende que há elementos necessários para se iniciar um processo penal, mas acredita que o caso não será arquivado devido à repercussão junto à sociedade. – Pelo que eu analisei até agora era um caso de arquivamento, mas dada à repercussão do caso dificilmente eles farão o arquivamento, mas é pela repercussão, não é pela questão jurídica.

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