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terça-feira, 17 de junho de 2025

Festa do São Paulo acaba em vandalismo na Paulista

15/07/2005 07h43 – Atualizado em 15/07/2005 07h43

Aquidauana News

Acabou em vandalismo a comemoração do terceiro título do São Paulo na Copa Libertadores. Na madrugada desta sexta-feira torcedores da equipe destruíram vários vidros, bancas de jornais, orelhões, canteiros, pontos de ônibus e pelo menos um posto de gasolina na Avenida Paulista, tradicional centro de comemorações da cidade de São Paulo.Ainda antes da vitória são-paulina por 4 x 0 sobre o Atlético Paranaense no Morumbi, torcedores já depredavam pontos de ônibus na região da avenida Brigadeiro Luís Antônio, onde a Polícia Militar ainda não se concentrava.Já por volta da meia-noite, quando a avenida era tomada por são-paulinos, alguns atos violentos eram causados pelos torcedores e foram repreendidos pela Polícia, de acordo com a PM.Diante da represália policial, os torcedores partiram para o confronto com os PMs. Com a chegada da tropa de choque, os policiais passaram a lançar bombas de gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e atirar balas de borracha contra a multidão.A cavalaria da PM também foi deslocada para a região, mas não chegou a ser utilizada. Um total de 334 policiais militares participaram da ação, segundo a PM, que acrescentou que alguns homens que fizeram o policiamento no estádio do Morumbi, foram enviados para a Avenida Paulista após o término da partida.Por volta de 1h o choque acuou os torcedores em direção a estação de metrô Brigadeiro. Lá, os são-paulinos fizeram uma barricada de fogo, que só foi extinta mais tarde pelo Corpo de Bombeiros.O confronto na principal avenida paulistana durou cerca de duas horas.”Em confronto de torcidas, nunca vi algo parecido, ainda menos de uma torcida só”, disse um policial que trabalha na PM há mais de 20 anos e pediu para não ter seu nome revelado.Além de destruir, alguns torcedores também saquearam e incendiaram pelo menos uma banca de jornal.”A gente estava dormindo e a janela estava entreaberta aí começou a entrar fumaça (dentro do apartamento)”, disse Matheus Pichonelli, 22, estudante que mora no 7o. andar de um prédio da Avenida.”Os torcedores começaram a dar voadoras em bancas de jornal e aí uma delas abriu e foi saqueada”, disse. “Não satisfeitos eles incendiaram a banca. Eu e o zelador (do prédio) pegamos o extintor e apagamos o incêndio.””Era um verdadeiro campo de guerra”, acrescentou.Os torcedores, por sua vez, culparam a polícia pelo conflito.”Estava todo mundo festejando, em frente (ao prédio) da Gazeta, de repente a polícia e o choque começaram a jogar um monte de bombas…o pessoal se revoltou, viu que a festa ia acabar e começou a saquear as bancas”, disse o torcedor Gustavo Pereira, 17, que é estudante.A polícia ainda não tinha números sobre feridos e presos, mas a reportagem da Reuters no local viu cerca de 20 pessoas serem detidas na altura da avenida Brigadeiro Luís Antônio.

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