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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Hiroshima lembra os 60 anos da bomba atômica

06/08/2005 10h02 – Atualizado em 06/08/2005 10h02

EFE

A cidade japonesa de Hiroshima homenageou neste sábado (noite de sexta-feira no Brasil) os mais de 300 mil mortos pela bomba atômica que atingiu o local há exatos 60 anos, e Nagasaki três dias depois, com um pedido de desarmamento nuclear do planeta antes de 2020.Em sua “Declaração de Paz” feita em uma cerimônia que reuniu milhares de pessoas, o prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Akiba, convocou o apoio de entidades internacionais para que horror semelhante “não volte a se repetir”.Em 6 de agosto de 1945, o bombardeiro americano “Enola Gay” despejou sobre Hiroshima, pouco depois das oito da manhã, a bomba de urânio “Little Boy”, de 15 mil toneladas. Às 8h15, o artefato explodia nessa cidade da região sudoeste do Japão.Três dias depois foi a vez de Nagasaki, ao oeste de Hiroshima, ser arrasada por outra bomba atômica, batizada de “Fat Boy”. Seis dias depois, em 15 de agosto de 1945, o Japão apresentava sua rendição incondicional aos Estados Unidos.Só em Hiroshima morreram, em 1945, 140 mil pessoas devido à bomba. Até 2005, foram somadas outras 5.375, reconhecidas como vítimas da destruição nuclear na cidade. Desta forma, o número oficial de mortos pelo ataque atômico já chega a 242.437.Em Nagasaki, o número de vítimas fatais é de cerca de 135 mil.”Este dia, 6 de agosto, representa um período de lamentações. Os mais de 300 mil mortos pelas bombas atômicas, junto a aqueles que sobreviveram, transcendem a fronteira entre a vida e a morte para relembrar esse dia”, disse o prefeito de Hiroshima.Em seu discurso, Tadatoshi propôs que a Assembléia Geral da ONU estabeleça em outubro um comitê especial encarregado de elaborar um plano para a construção de “um mundo livre das armas nucleares”.”Tal comitê é necessário porque a Conferência de Desarmamento de Genebra e o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) fracassaram no momento de registrar consenso no impedimento” de qualquer país que possua a intenção de desenvolver armas nucleares, afirmou.Tadatoshi explicou que “não há dúvida de que Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Coréia do Norte e outras nações que desejam se transformar em Estados com armas nucleares estão ignorando a maior parte das vozes populares e os demais Governos, ameaçando assim a sobrevivência da humanidade”.O prefeito de Hiroshima fez uma convocação aos Líderes da Paz (grupo criado para denunciar os horrores da guerra nuclear) para que trabalhem junto a Governos, ONG´s “e a grande maioria da população do mundo”, com o objetivo de lançar uma grande campanha contra as armas atômicas.”Neste sexagésimo aniversário do bombardeio atômico de Hiroshima, queremos confortar as almas de todas as suas vítimas ao declarar que reafirmamos com humildade nossa responsabilidade para que nunca mais esta maldade se repita. Por favor, descansem em paz, porque não repetiremos esse ato vil”, concluiu o prefeito.

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