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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Rapaz denuncia três policiais militares por prática de tortura

06/08/2005 09h36 – Atualizado em 06/08/2005 09h36

Midiamax News

Um jovem de 20 anos denunciou ontem que teria sido vítima de tortura praticada por três policiais militares. O rapaz, conforme registro em boletim de ocorrência, foi confundido com uma pessoa chamada “Laudinho”, algemada e levado para a saída de Terenos, onde foi espancada por cerca de trinta minutos.Conforme relato feito ontem à Polícia Civil, Hugo César Vasconcelos, 20 anos, saiu de curso profissionalizante e, por volta das 11 horas, andava na Avenida Afonso Pena, próximo da Avenida Ernesto Geisel, quando foi abordado por uma viatura da PM. Um militar, identificado como tenente Ajala desceu do carro e disse “E aí Laudinho? Saiu do presídio esta semana? Você está me devendo uma pedra”.“Foi tudo tão rápido que nem tive tempo de mostrar documento para provar que não era o tal do Laudinho”, disse Hugo César. Em seguida, ele relata que foi algemado e jogado no camburão, sendo levado para região do trevo de Terenos. O rapaz conta que foi espancado, a socos e pontapés por cerca de trinta minutos e deixa caído no local. “Eles diziam que estavam descontando a raiva por causa da pedra”, relatou. Ele voltou à pé para casa, chegando no rua onde mora, no bairro Santo Antônio, às 23h50. No boletim de ocorrência, além da acusação cotra o tenente Ajala, constam ainda os nomes dos soldados Guimarães e Neto. Ontem, após o depoimento, ele fez reconhecimento positivo do policial identificado como tenente Ajala.A mãe do rapaz, Rita Vasconcelos disse que o rapaz ficou muito abalado com a situação. “Graças a Deus ele não quebrou nada, mas sente muitas dores”. Hugo César diz que está com o rosto esfolado, escoriações e fortes dores nas costas. Ontem, ele foi submetido a exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal), foi ao posto de saúde na Vila Almeida e esta manhã, até a Santa Casa.A assessoria da PM informou que regularmente, um procedimento administrativo é instaurado com objetivo de investigar as denúncias feitas contra abusos cometidos por policiais. A indicação feita pela assessoria é que, além do boletim registrado na Polícia Civil, a vítima entre em contato com a corregedoria da PM.

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