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Três Lagoas
sábado, 20 de dezembro de 2025

Capoeirista representa município em festival

11/08/2005 14h43 – Atualizado em 11/08/2005 14h43

Da Redação

A capoeirista Juliana Araújo Coutinho Gouveia, 21 anos, representou Três Lagoas no 2° Festival Mundial de Capoeiras Gerais, realizado na cidade de Belo Horizonte na semana passada. O evento reuniu mais de 300 capoeiristas de todo o mundo.Conforme Juliana, o Festival tem como objetivo reunir capoeiristas para a troca de experiências com mestres consagrados. O evento conta ainda com palestras e cursos para aperfeiçoamentos de técnicas e golpes. “Foram mais de dez cursos dos dois tipos de capoeira, tanto a angola quanto regional. Além disso, tive a oportunidade de conhecer meus ídolos como o mestre Tony Vargas, o Aberre, um dos poetas da capoeira”, comentou. O encontro reuniu mais de 20 mestres.Entre os capoeiristas presentes estavam atletas de países como: França, Peru, Espanha e até Austrália. “A técnica dos capoeiras de outros países está muito avançada, ao ponto de não dar para reconhecer quem é brasileiro e quem é de outro país em uma roda de capoeira”, comentou. Juliana também participou do 1° Festival realizado no ano de 2002. COMPETIÇÕESJuliana afirma ser uma apaixonada pela capoeira. Ela começou a treinar aos 10 anos por convite de dois primos. Aos 11, a capoeirista conquistou o sétimo lugar no Campeonato Brasileiro, realizado na Paraíba. No ano de 2000, a capoeirista conquistou o 1° lugar em um Campeonato Brasileiro.Nesses dez anos desde que iniciou na capoeira, Juliana já participou de mais de 20 campeonatos, entre brasileiros e estaduais. Ela afirma que não pretende deixar a capoeira. “É inexplicável essa paixão pela capoeira que existe em todos os capoeiristas, eu não pretendo deixar o esporte nunca na minha vida, nem que eu tenha que ficar apenas tocando berimbau por não conseguir mais jogar”, declarou ela.Juliana também trabalha como voluntária no Centro Juvenil “Jesus Adolescente”, na Vila Piloto, onde ministra aulas de capoeira a crianças e adolescentes carentes. PATROCÍNIOUm dos problemas levantado pela capoeirista é a falta de patrocínio para o esporte. A jovem, que cursa o primeiro ano de Educação Física, afirmou que já deixou de participar de competições por falta de patrocínio. O problema, de acordo com ela, atinge também outros capoeiristas da cidade. “Muitas vezes nós ficamos sabendo de encontros ou campeonatos e não podemos participar por falta de patrocínio. Em todas as viagens que fiz até hoje foi tirando dinheiro do meu próprio bolso”, disse. Assim como outras artes marciais em que a habilidade do atleta é dividida em faixas, na capoeira a divisão é por “cordões”. Hoje, Juliana já conquistou a corda verde e roxa, o Cordão de Instrutores.

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