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sábado, 13 de setembro de 2025

Imprensa dá destaque a massacre de família dekassegui

19/09/2005 10h19 – Atualizado em 19/09/2005 10h19

Globo Online

A operária Fátima Yonekura, 31 anos, voltou para o Brasil com as economias que acumulara no Japão só para cuidar do pai, Tadashi, que estava doente. A informação é de amigas brasileiras da moça que moram em Nagano, província do Japão onde Fátima trabalhava. As informações fazem parte do noticiário japonês. O massacre de cinco pessoas da família Yonekura teve grande repercussão na imprensa daquele país. Fátima, Tadashi e a mulher dele, Futaba, foram queimados no andar superior do sobrado onde moravam na Vila Nova Curuçá, zona leste da capital paulista. Nilton Yonekura, irmão de Fátima, e a cunhada deles, Érica Miyamoto, também foram assassinados com pauladas e tiros. Sobreviveram o irmão de Nilton, W., 29 anos, e o filho dele com a vítima Érica – um bebê de 11 meses. Segundo o jornal japonês “Shinano Maionichi Shimbun”, Tadashi tem duas irmãs no Japão: Kazuco Mirori Gawa, 61 anos, e Iaeko Murakami, 63. As duas não o viam desde 1957, quando ele deixou o Japão rumo ao Brasil. No interior paulista, ele trabalharia na lavoura e conheceria Futaba, com quem casaria e teria os filhos. A repercussão em torno da tragédia colocou as principais emissoras de TV japonesa na cobertura. Além da estatal NHK, noticiaram a chacina as redes de TV, Fuji TV e TV Asahi. O Consulado do Japão no Brasil esteve na casa dos Yonekura e no Instituto Médico Legal para colher informações sobre os mortos. O vigilante Ricardo Francisco dos Santos, 26 anos, confessou ter participado do crime, mas joga toda a culpa pelos assassinatos em Celso Alencar dos Santos, 33, que é procurado pela polícia. Ele é foragido da Cadeia Pública de Franco da Rocha, onde respondia, em regime semi-aberto, por homicídios, roubos e porte ilegal de armas. Em depoimento à polícia, a mulher de Celso disse que o acusado não gosta de trabalhar. “Ele disse que havia cansado do sistema prisional e, por isso, não voltou mais à cadeia”, contou ela. W. permanece internado, segundo a família. Num primeiro reencontro na semana passada, W. chorou muito ao se reencontrar como filho. “O bebê é tudo o que lhe restou”, disse o tio de W., Tsuneto Sassaki.

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