26/09/2005 14h31 – Atualizado em 26/09/2005 14h31
Terra
Cerca de mil trabalhadores rurais ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST) ocupam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Fortaleza, desde a manhã de hoje. Os manifestantes cobram oficialização de assentamentos e concurso público para o Incra. No Paraná, o MST ocupou sete praças de pedágio no início da manhã. O MST reivindica o cumprimento da meta, prometida pelo governo federal, de assentamento para 400 mil famílias até 2006. Também estão na pauta, a mudança de política econômica, os compromissos da marcha de maio, liberação de recursos do Incra e do Ministério de Desenvolvimento Agrária e linhas de créditos especiais. A manifestação deve se estender em todo Brasil. A previsão do MST é que as praças de pedágio sejam liberadas apenas no final do dia. Em Fortaleza, não há data para o fim da ocupação em Fortaleza. Segundo o superintendente regional do Incra, Eduardo Barbosa, os serviços burocráticos do Instituto estão funcionando normalmente, uma vez que a ocupação acontece em áreas livres da sede. Ele prometeu intermediar com o Governo Federal as reivindicações do MST. Segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), entre 80 e cem pessoas estão reunidas em cada pedágio. Um pedido de reintegração de posse deve ser pedido ainda nesta segunda na Justiça, segundo a rádio CBN. A praça de Cascavel, no Oeste, administrada pela Rodovia das Cataratas, foi a primeira a ser invadida. Os manifestantes também interromperam o funcionamento do posto de Cerro Azul e São Miguel. O MST também fechou os postos de Arapongas, Mandaguari e Castelo Branco, da concessionária Viapar. A concessionária Rodonorte precisou liberar as cancelas em Mauá da Serra, perto do Ortigueira.