27/09/2005 08h13 – Atualizado em 27/09/2005 08h13
Terra
O advogado do empresário, Nagib Fayad, Cássio Paoletti, disse nesta segunda-feira que o apostador afirmou em depoimento à Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, ter sido procurado pelos árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon para fraudar resultados de partidas de futebol.De acordo com Paoletti, o seu cliente acumulou prejuízos pelo vício com o jogo e que teria sido procurado por um intermediário dos árbitros citados no escândalo do apito. No entanto, o advogado preferiu não citar nomes. Além disso, Paoletti descartou a presença de grupo de empresários ligados ao bingo no esquema. No entanto, ele entrou em contradição ao afirmar que Nagib apostava entre R$ 500 e R$ 2 mil nos sites e pagava R$ 10 mil de propina por jogo adulterado a Edílson Pereira de Carvalho. “Ele é um jogador inveterado e teve muito prejuízo material. Ele foi procurado para recuperar parte do dinheiro que perdeu. Ele aceitou fazer um acordo com os juízes desde que eles proporcionassem ver a sua aposta vencedora. Mas houve vezes que ele pagou e não teve a sua aposta correspondida”, dise o advogado. Com relação a Danelon, citado nas investigações, não houve um acordo. “Houve a proposta (por parte do árbitro), mas a oferta foi ignorada”, concluiu. Fayad deverá ficar preso até quinta-feira na Superintendência da Polícia Federal, mas a sua prisão poderá ser estendida por cinco dias