27/09/2005 07h43 – Atualizado em 27/09/2005 07h43
Midiamax News
Há exatos 12 meses do desaparecimento da adolescente Marcela Conceição de Souza, 16 anos, equipes da Polícia Civil ainda não conseguiram desvendar o mistério que envolve o caso. Em primeiro momento, a versão apontada indicava que ela teria sido morta e enterrada em um terreno baldio, entretanto, até o momento, o corpo não foi encontrado o que caracteriza a falta de materialidade para o crime.
Cinco pessoas chegaram a ser presas suspeitas de estarem envolvidas no caso, porém, todas aguardam o julgamento em liberdade. Familiares da adolescente não acreditam mais que a garota possa estar viva e tampouco na ação dos investigadores.
“Nós achamos que esteja morta. Já disseram tanta coisa, que estava em Corumbá, em Chapadão do Sul, em Coxim e até agora nada. A gente não acredita mais na Polícia. A Polícia anda envolvida em tanta coisa. Nem vamos esperar mais. Minha mãe deixou para Deus”, afirmou com exclusividade ao Midiamax a irmã de Marcela, Elisângela Divina de Souza, 21 anos.
Já o delegado Márcio Obara, que atua no Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Seqüestros), unidade responsável por autos complementares à investigação, explica que as diligências feitas pelos agentes não foram satisfatórias tanto para dizer que esteja viva ou morta. “Nenhuma hipótese é descartada”, completa o delegado.
No entanto, Obara ressalta que o fato de não ter conclusão ao procedimento não significa que a Polícia não tenha investigado o caso. Ele afirma ter recebido informações indicando que a garota estaria em casas de prostituição nos municípios de Corumbá, Chapadão do Sul e Coxim, sendo que todas as denúncias foram apuradas e nenhuma confirmada. “Este é um dos casos mais complicados em que já trabalhei”, revela o delegado que trabalha há mais de cinco anos na Polícia Civil.
Fagner de Andrade Brito, o “Fagão”, 20 anos, Osvando Batista Lemes, 18 anos, Rafael Acosta, 18 anos, o “Pelado, Rodrigo Teixeira da Silva, 19 anos, o “Pedega”, e Marcos Trindade Rodrigues, 22 anos, conhecido por “Marquinhos Mingau”, chegaram a ser presos suspeitos de autoria do crime e tiveram prisão preventiva revogada em 17 de março deste ano. Em primeiro momento, eles confessaram ter estuprado e enterrado o corpo da adolescente, porém, em juízo, os jovens alegaram ter apontado a versão mediante tortura.
Testemunhas de acusação de defesa deverão prestar depoimento no dia 18 de maio do próximo ano, quando a 2ª Vara Criminal de Campo Grande agendou audiência de sumário prevista para começar às 14 horas. Até lá o caso continua como está, ou seja, sem solução, persistindo o mistério.