28/09/2005 17h18 – Atualizado em 28/09/2005 17h18
Folha Online
Para evitar transtornos e filas durante o período de recadastramento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que começa com a convocação dos aposentados na próxima segunda-feira, o Banco do Brasil, que é a instituição que mais atende aposentados do INSS, vai contratar 3.000 empregados temporários, abrir duas horas mais cedo e deixar o segurado livre para ir à agência mais próxima e não necessariamente na que recebe o benefício mensal. A instituição será a responsável pelo maior número de atualizações do censo, recadastrando 674.452 (25,9%) dos 2,6 milhões de aposentados e pensionistas. Até agora, foi a única que divulgou o esquema especial de atendimento, mas por ser a maior instituição, seu sistema pode ser seguido por outros bancos. “Nosso objetivo é causar o menor transtorno possível ao aposentado. O recadastramento deve levar oito minutos, no máximo”, informou Milton Luciano dos Santos, diretor de Distribuição e Canais de Varejo do Banco do Brasil. Dependendo da demanda de cada localidade, as agências podem abrir às 8h, e não às 10h, como ocorre normalmente. A partir da próxima semana, começam os avisos, em todos os 27 bancos que vão participar do censo, sobre o dia e horário em que cada aposentado deve comparecer às agências com o CPF e o documento de identidade. No caso do Banco do Brasil, essa data vai ser apenas um ponto de referência, pois o segurado poderá se recadastrar qualquer dia depois da data marcada. Vale lembrar, no entanto, que, após 90 dias do dia agendado, quem não aparecer vai receber uma convocação por carta do INSS. O diretor de distribuição do Banco do Brasil acredita que o fato de o aposentado poder ir depois da data marcada ou em qualquer agência, mesmo fora do Estado, não vai causar confusão. “Estamos preparados”, resumiu. O recadastramento está dividido em duas partes. A primeira, que vai de novembro a fevereiro, vai atualizar o cadastro de 2,6 milhões de pessoas, dos quais 475.807 em São Paulo. A segunda, que vai de março de 2006 a fevereiro de 2007, vai englobar 13,1 milhões de segurados do INSS. Apesar de todos os preparativos em andamento, o contrato entre o INSS e os bancos, formalizando a prestação do serviço, ainda não foi assinado. Segundo o diretor de distribuição do Banco do Brasil, Milton Luciano dos Santos, “faltam decidir alguns detalhes operacionais”. O maior entrave, no entanto, parece ser mesmo o custo do serviço. Na semana passada, o ministro da Previdência, Nelson Machado, afirmou que o INSS deve pagar menos de R$ 10 por pessoa, mas, segundo a Febraban, os bancos estão negociando um valor de R$ 16,55, o que justifica a demora para fechar um acordo.