28/09/2005 13h52 – Atualizado em 28/09/2005 13h52
INVERTIA
O tão famoso e desejado “cheirinho de carro novo” pode ser tóxico. É o que afirma o estudo realizado por um órgão do governo da Austrália, divulgado ontem pela rede de TV norte-americana ABC.Segundo a pesquisa, o cheiro – misto de compostos orgânicos aromáticos utilizados no acabamento do estofado e da parte emborrachada do painel – contém elementos químicos que fazem mal à saúde. O Japão, após receber dados preliminares do estudo, proibiu o “cheiro de carro novo” nos veículos produzidos após 2007.No total, treze substâncias serão retiradas das peças que compõem o interior do veículo. Nas colas, plásticos e adesivos utilizados até então estão presentes elementos como estireno, benzeno e formaldeído – todos considerados cancerígenos.Segundo a pesquisa da Organização de Ciência e Pesquisa Industrial da Austrália (CSIRO, na sigla em inglês), o volume de substâncias tóxicas presentes em um automóvel novo é maior do que o considerado seguro para residências e escritórios.Por enquanto, apenas o Japão criou uma legislação específica para reduzir a quantidade de elementos voláteis tóxicos no interior dos veículos. A regra foi criada com a participação das montadoras, que se comprometeram a trabalhar em conjunto para pesquisar novos materiais e eliminar os riscos à saúde.De acordo com a ABC, órgãos reguladores dos Estados Unidos e da União Européia discutem a adoção de medidas semelhantes às japonesas.