28/09/2005 11h14 – Atualizado em 28/09/2005 11h14
Folha Online
Dirigentes de 11 dos 22 clubes da Série A do Brasileiro se mostraram a favor da realização de novos jogos nas partidas apitadas por Edílson Pereira de Carvalho, possibidade aventada pelo STJD ontem. Dois desses clubes, Botafogo e Atlético-MG, defendem a repetição dos 11 jogos feitos pelo árbitro, envolvido no esquema de suborno a juízes para manipular resultados nos jogos do Nacional. “Quem garante que é uma coisa isolada? São 20 mil horas de gravações. Se for para anular, tem que anular as 11”, disse o presidente botafoguense, Bebeto de Freitas. Clubes ameaçados pelo rebaixamento, como Flamengo, Figueirense e Brasiliense, afirmaram que irão acatar qualquer decisão do STJD. O presidente flamenguista, Márcio Braga, que havia ventilado a possibilidade de virada de mesa, voltou atrás. Em nota, disse que “o Flamengo aceita o chamamento à união dos desportistas proferido pelo desembargador Luiz Zveiter (…) por acreditar na força moral, na responsabilidade social e na capacidade do presidente do STJD.”O presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa, declarou que “as partidas que tiveram interferência da arbitragem em seus resultados devem ser anuladas e repetidas”. “Eu acho que a repetição seria o mais justo a fazer”, disse o vice-de-futebol corintiano, Andrés Sanchez. O presidente do Brasiliense, Luiz Estevão, se disse a favor da realização de novos jogos, mas defende a criação de uma comissão para acompanhar as atuações dos árbitros. “Se ficar só no Edílson o futebol perderá uma grande oportunidade de se moralizar”, disse, criticando os juízes Heber Roberto Lopes e Wagner Tardelli.