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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Em 10 minutos CPI ouve depoimento

29/09/2005 10h46 – Atualizado em 29/09/2005 10h46

Da Redação

Duraram 10 minutos a sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga possível irregularidade cometida na gestão administrativa no biênio 2003/04, presidida na época pelo vereador Valdomiro Aguirre (sem partido). A comissão ouviu o assessor da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Pinheiro de Carvalho. Pinheiro disse em depoimento que prestou serviço para o então candidato a vereador Valdomiro Aguirre e que recebeu a quantia de R$ 800. O assessor disse que prestou serviço como cabo eleitoral do candidato atendendo pedido de Aguinaldo Luiz Alves, que atuava como assessor de finanças da Câmara de Vereadores. “Na época eu estava desempregado e aceitei a proposta”. Pinheiro disse que entregou “santinhos” do candidato uma única vez e que pedia votos para o candidato junto de amigos e familiares. Questionado pelo vereador Claudio César de Alcântara, membro da CPI, disse não conhecer o número do candidato durante a eleição e que não tinha laços de amizade com Valdomiro Aguirre. “Trabalhava para o comitê de campanha da então candidata a prefeita Simone Tebet e nunca logomarquei meu carro ou usei camiseta de candidato”, mencionou. O depoente informou ainda que não tinha recordação se o pagamento de R$ 800, foi feito em cheque ou dinheiro. Durante o depoimento, Pinheiro chegou a ficar irritado com alguns vereadores que participavam da sessão por questioná-lo novamente a mesma pergunta já feita antes por outros vereadores. Participaram da sessão os vereadores: Antonio Empke Junior (PV), Antonio Rialino (PMDB), José Augusto Morila Guerra (sem partido). O vereador Ângelo Guerreiro, presente à sessão, ficou no plenário e não participou. A irritação do vereador depois da sessão ainda era visível quando se recusou a falar com a imprensa que cobria a sessão. No entanto, antes da sessão o assessor estava calmo. A reportagem do Perfil News questionou sobre o local onde recebeu o pagamento pelos serviços prestados, mas obteve negativa de resposta. “Não darei mais declaração. Tudo o que falei esta gravada na CPI”, desabafou. SEM APARATODiferente do que aconteceu na primeira sessão da CPI, está não teve a presença de aparato policial. Naquela oportunidade dois policiais militares ficaram à disposição dos membros da CPI.QUEBRA DE SIGILOO relator da CPI, vereador Gilsemar José Ferreira (PPS), informou que o departamento jurídico da Caixa Econômica Federal negou o pedido de quebra de sigilo bancário da Câmara de Vereador. O pedido foi feito através de Oficio. “Desta vez vamos solicitar judicialmente. Temos que ter documentos que embassem os depoimentos e declarações”, falou o relator. O Ministério Público já solicitou a quebra de sigilo da Câmara, no entanto, o processo corre em segredo de Justiça.O vereador Antonio Rialino foi enfático ao declarar que o depoimento do assessor foi vazio. “Ele não acrescentou muito, mas o que declarou deu sustentação a informações já colhidas pela CPI”, falou.A reportagem entrou em contato com o vereador Valdomiro Aguirre que informou não dar declaração e que no momento certo todos os fatos seriam esclarecidos.

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