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sábado, 28 de junho de 2025

Caso Denise: oito já foram ouvidos

30/09/2005 14h11 – Atualizado em 30/09/2005 14h11

da redação

Oito pessoas, entre testemunhas e familiares, foram ouvidas no caso do homicídio de Denise Silva Lima, 19 anos. Segundo o delegado titular do 2° Distrito Policial, Luiz Ricardo de Lara Dias, mais três pessoas deverão ser ouvidas nesta sexta-feira (30). Denise foi morta com dois tiros na última sexta-feira (23) por Elvis José Barbosa de Melo, 19 anos. A morte da jovem chocou a população três-lagoense por se tratar de um crime encomendado.Lara explicou que, no momento, a Polícia Civil busca por elementos para pedir a prisão preventiva do suposto mandante do crime. “Por enquanto não temos provas suficientes para apontar o mandante, temos sim, fortes indícios de quem seja e agora estamos buscando provas”, comentou ele.Elvis Melo confessou que iria receber o total de R$ 2,5 mil pela morte da jovem. Ele recebeu cerca de R$ 350 em dinheiro adiantado, ao contrário do divulgado pelo delegado anteriormente, em que se trabalhava com o pagamento de R$ 700 adiantado. De acordo com Lara, o pagamento foi realizado em três parcelas: uma de R$ 50; depois outras de R$ 100 e R$ 200. O dinheiro teria sido gasto na compra de entorpecentes (crack e maconha).Além disso, Melo alega ter recebido cinco munições intactas do mandante. No dia em que o acusado foi preso, a Polícia Militar apreendeu na casa de uma irmã dele um revólver calibre 38 com três munições intactas. BILHETEO delegado informou que com Melo foi encontrado um bilhete com o nome e o telefone do suposto mandante. O bilhete foi encaminhado à Perícia da Polícia Civil para que seja realizado o exame grafotécnico, com o objetivo de descobrir se a escrita do bilhete confere com a do suposto mandante. A ENCOMENDAConforme Lara, o primeiro contato com o mandante do crime ocorreu uma semana antes do homicídio. No dia 17, os dois se encontraram em um local não divulgado pela polícia para combinar o crime. “No depoimento, ele alega que o mandante do crime passou as características da jovem, o endereço e até mesmo as coordenadas do que deveria ser dito para que a jovem saísse de casa”. Na ocasião Melo teria sido instruído para chamar Denise dizendo que o irmão da vítima estaria preso. Até que não haja elementos suficientes, o delegado prefere não divulgar o nome do (a) mandante. O HOMICÍDIO A vítima foi morta em frente a sua residência, na rua Tupi, Jardim Esperança, com um tiro no olho esquerdo e um no tórax. O acusado teria chamado pela jovem e dado o primeiro tiro, quase que a queima roupas no olho. O segundo disparo foi efetuado quando a jovem já estava caída no colo da mãe.Logo após o crime, Melo teria sido visto com o mandante do crime em um bar na rua Maria Guilhermina Esteves, bairro Santa Terezinha. Os dois, possivelmente, acertavam o pagamento final. Em seu depoimento, o acusado alega que estava sob o efeito de drogas na hora do crime. O delegado completou dizendo que o acusado conta ainda que não conhecia o mandante até então e que teria sido convidado a princípio por um amigo, só depois (no dia 17) os dois se encontraram cara a cara. INFORMAÇÕES DESENCONTRADASLara explicou também que está trabalhando para filtrar algumas informações desencontradas que foram surgindo com as investigações. Uma delas é em relação ao horário em que Denise chegara a casa. Conforme a versão da mãe da jovem, Valderes Silva de Lima, no dia do crime, a jovem estaria dormindo desde as 22 horas. Já Melo informou que esperou a jovem até as 3 horas, quando Denise chegou a residência em um carro. O acusado alegou que teve que esperar veículo, conduzido por um homem, sair para que pudesse matá-la. Além de Elvis, ninguém mais foi preso ou indiciado pelo crime até o momento.

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