03/10/2005 11h13 – Atualizado em 03/10/2005 11h13
Midiamax News
Durante depoimento prestado sábado (1º de outubro) à equipe que investiga as mortes de Murilo Boarin Alcalde e Eliane Ortiz, os quatro funcionários do motel Chega Mais, presos pela segunda vez sexta-feira (30/09), mantiveram os depoimentos prestados anteriormente, conforme o assessor de imprensa da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), major Nélson da Silva. Na primeira vez em que esteve reclusa, a camareira Fernanda Alexandra confessou ter alterado a cena do crime às 7 horas do dia 21 de junho, quando encontrou os corpos dos jovens de 22 anos, encontrados no quarto 42 do estabelecimento. Depois da reprodução simulada da maneira como as vítimas foram achadas, as camareiras Fernanda Alexandra e Judite dos Santos Reis Pereira foram presas juntamente com o porteiro Mário Sérgio Braga de Souza e o gerente Francisco Duarte Couto. Laudos feitos pela Coordenadoria de Perícias de Mato Grosso do Sul apontaram indícios de que o registro de entrada e saída de veículos no estabelecimento foi adulterado. Exames revelam que de 5h30 – horário verdadeiro – a folha de entrada foi modificada para 2h30 – horário apontado pelos funcionários do estabelecimento nos primeiros depoimentos prestados à Polícia Civil.Passados três meses da abertura do inquérito, dez pessoas já foram indiciadas, entre elas, os quatro funcionários presos. Além dos empregados do motel, a Justiça já havia indiciado a proprietária da boate Mariza’s American Bar, Mariza Fátima dos Santos, o porteiro da casa noturna, Jorge da Silva, o cabo PM Adriano de Araújo Melo, do serviço reservado da Policia Militar, o sargento PM Getúlio Morelli dos Santos, da Cipmac (Companhia Independente de Policiamento Metropolitano da Capital) e Júlio César Ferreira de Souza e Marcelo Fernandes de Melo, ambos clientes da boate. Assim como os funcionários do motel, Morelli também está preso.