03/10/2005 10h38 – Atualizado em 03/10/2005 10h38
Da Redação
Cerca de duas mil assinaturas realizadas em um abaixo-assinado, por moradores dos bairros, Parque São Carlos, Vila Guanabara, Vila Carioca Vila São João, Jardim Planalto, Santa, Rita, Santa Terezinha, Vila Haro e bairros adjacentes, além de diretores e alunos das escolas infantis, municipais e estaduais da região, pedem o fim do fornecimento da água do córrego Palmito. A mobilização alcançou grandes proporções, que o assunto foi debatido entre os vereadores, na última sessão realizada no dia 21 de setembro, na Câmara Municipal.Um documento enviado pelo ex-vereador Carlos Nunes Zuque, lido na sessão, pede que os vereadores intermedeiem negociação com a Sanesul a fim de que seja interrompido o fornecimento da água, que é salobra e chega às torneiras com alta temperatura.DOENÇAS“Zucão”, como é conhecido, reclamou que a população enfrenta problemas de saúde como, perda de cabelos manchas na pele, dentes cariados e calcificados ataques dos rins, dor de barriga e alta incidência de câncer. Ele ressaltou que o alvo mais prejudicado com esses problemas são as crianças. “A água do palmito é totalmente imprópria para o consumo, porém atende cerca de 7.000 alunos das escolas dessa região e mais de 15.000 moradores. Os que mais sofrem são as crianças, principalmente as que freqüentam as creches e escolas municipais”, disse. LUCROO ex-vereador afirmou que a Sanesul é uma empresa que obtém muito lucro, fornecendo a água mais cara do Estado, e que deveria atender melhor os consumidores. Em visita à redação, Zucão, municiado de documento afirmou que terminado o prazo do pagamento com a Planasa (Plano Nacional de Saneamento) há alguns anos atrás, começou a aparecer uma grande quantia de lucros à Sanesul de Três Lagoas, entre R$ 500 e 600 mensais, o que de acordo com o ex-vereador desrespeita o contrato vigente. “Em 1999, foi apresentado na Câmara Municipal, a Lei 1581 de 16/11/90, dispondo sobre o cancelamento do contrato de concessão firmado ente o município e a Sanesul, que foi autorizado pela Lei 1532 de 07/03/80 e modificado pela Lei 858 de 07/03/89. Nesta Lei o prefeito, que na época era o Issam Fares, tinha 30 dias para receber a Sanesul de volta para o município”, disse.O ex-vereador, afirmou que na época o então prefeito sancionou a Lei, e ainda de acordo com o documento apresentado pelo Zucão, houve uma negociação. “O ex-prefeito concordou que a Sanesul realizasse uma doação mensalmente de R$ 50.000 e mais R$ 2,00, por cada ligação de água que já beirava 30 mil ligações num total de R$ 100 mil, por mês”, acrescentou. O ex-vereador ressaltou que o acordo feito cerca de cinco anos atrás.Zucão ainda ressaltou que apresentou e aprovou a Lei 1453, datada em 05/05/098, que dispõe sobre isenção de pagamento de tarifas de água, esgoto e outros. “Porém, o prefeito Issam Fares contrariando os benefícios que dariam para a prefeitura vetou esta Lei. Acredito que se a água fosse cobrada 50% a menos, ainda sobrariam cerca de R$ 300 mil para a prefeitura. Proponho que a Câmara, faça um novo contrato de cancelamento, caso isso não ocorra levantarei aproximadamente três mil assinaturas, o suficiente para ser criado um novo projeto de Lei”, finalizou.