04/10/2005 14h20 – Atualizado em 04/10/2005 14h20
Terra
O Serviço de Pesquisa do Congresso dos Estados Unidos divulgou relatório demonstrando que o País, pela primeira vez em quase dez anos, figura na lista das 10 nações do mundo que mais lucram com a exportação de armamentos convencionais. De acordo com o levantamento, divulgada pelo jornal O Globo, o Brasil empata em 10º lugar com Líbia e Ucrânia no ranking de faturamento, incuindo transferências efetivadas ao longo de 2004 e acordos para vendas futuras fechados no mesmo ano. São US$ 300 milhões de ganhos nesse setor, atesta o estudo. O valor é pequeno se comparado a países como Estados Unidos, França e Rússia, mas supera fabricantes tradicionais de armamentos como Itália e Suécia. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex), somente entre 2003 e 2004 o País aumentou em quase 40% as exportações de armas de fogo. O relatório indica que, independentemente do resultado do referendo, que pode proibir o comércio de armas em todo o Brasil, a indústria nacional do setor pouco deve ser afetada. Por exemplo, a Taurus – maior fabricante de armas de fogo do País – destina 65% de toda sua produção para o mercado externo, sendo que os 23% referentes ao mercado interno abastecem sobretudo empresas de segurança, as quais estão imunes a uma eventual mudança na legislação.