10/10/2005 07h56 – Atualizado em 10/10/2005 07h56
Bom Dia MS – TV Morena
O caso motel ganha nova repercussão com as declarações de um dos principais acusados de envolvimento na morte de Murilo Alcalde e Eliane Ortiz. Em entrevista exclusiva a equipe de reportagem da TV Morena, o cabo Adriano de Araújo Mello nega ter assassinado o casal. Ele teria sido visto pela camareira do motel no dia do crime.
As últimas declarações da camareira provocaram uma reviravolta na investigação. O advogado de defesa Abadio Resende contratado pelo motel acusa a polícia de influenciar a funcionária na hora do depoimento.
A funcionária que encontrou os corpos de Murilo Alcalde e Eliane Ortiz no motel, incrimina o cabo da PM Adriano de Araújo Melo. Após as novas declarações, ele se tornou o principal suspeito do duplo assassinato.
O policial está numa cela individual no presídio militar, em Campo Grande. Na entrevista exclusiva a equipe de reportagem da TV Morena, o PM nega participação no crime, mas confirma que conhecia Eliane e que freqüentava a boate onde ela trabalhava. “Eu tive na boate, conversei com ela, depois fui embora 22h30”, disse Adriano.
No depoimento, a camareira diz que encontrou o policial num corredor do motel no dia em que os corpos foram encontrados. O cabo Adriano se defende. Diz que só esteve no motel um mês depois do assassinato porque foi chamado para ajudar nas investigações.
Na época, ele fazia parte do serviço de inteligência da polícia militar e foi escolhido para investigar uma possível participação de militares no caso. O PM nega que tenha sumido com provas do crime. Ele é acusado de ter retirado do instituto médico legal a meia que teria sido usada para matar Eliane Ortiz. “Eu apareci no IML para tentar liberar o corpo da Eliane. Não fiquei perto dela”, afirmou.
Com base nas acusações feitas pela camareira, a polícia também decretou a prisão temporária de Antonio Marcos, filho do dono do motel. Ele teria se encontrado com o cabo da PM, antes da perícia chegar ao local. Mas até agora, ele ainda não se apresentou à polícia.
