10/11/2005 16h17 – Atualizado em 10/11/2005 16h17
MSTV 2ª Edição – TV Morena
Hoje é o dia mundial de combate a surdez. Uma doença que só no Brasil afeta quase 6 milhões de pessoas. Os tratamentos preventivos existem, e de graça. E o diagnóstico precoce da surdez pode ajudar o deficiente auditivo a levar uma vida normal.Ouça bem sobre a importância do teste da orelhinha no recém-nascido. “Evita problemas futuros. Até os seis meses recupera a fala e sempre é possível fazer alguma coisa”, afirmou o otologista, Rigoberto Américo Oliveira.Quando Paulo nasceu ele não foi submetido ao teste, não por descuido da família. “Naquele tempo não tinha, depois que foi descobrir que ele era surdo”, afirmou a mãe de Paulo, Neusa Lemos. A deficiência auditiva prejudicou a fala. Aos quinze anos de idade, Paulo usa aparelho, mas por enquanto só identifica os sons mais fortes.No Brasil, 5,7 milhões de pessoas tem deficiência auditiva. Só em um centro de reabilitação em Campo Grande são 3,9 mil pacientes e qualquer pessoa tem acesso ao tratamento. “Independentemente da idade ou renda”, afirmou a coordenadora do centro, Lucimara Catarino.Aos 54 anos José Oliveira de Assis procurou pela primeira vez o médico. “Ouço um zumbido”, afirmou. Nem sempre o zumbido aparece na terceira idade. Muitas vezes a pessoa passa a escutar tudo mais baixo. Em um centro de atendimento na Capital, deficientes auditivos procuraram ajuda para ouvir melhor. Eles usam aparelho não faz nem um mês e juntos, recebem orientação de vários profissionais. “É para se comunicar e ter uma vida normal”, afirmou a fonoaudióloga Kascia Neves Dantas. Para o aposentado Milton Pereira o aparelho fez bem até demais. “Antes eu aumentava o volume da TV e meu filho pedia para diminuir, agora é o contrário”, afirmou.
