17/11/2005 13h41 – Atualizado em 17/11/2005 13h41
JB Online
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou hoje o primeiro caso de febre maculosa no litoral paulista. A vítima foi uma mulher de 51 anos que mora em Guarujá. Ela contraiu a doença há cerca de um mês. Depois de ter recebido tratamento adequado, a mulher passa bem e já está em casa. São Paulo registrou, neste ano, 25 casos, sendo que 13 pessoas morreram. No ano passado, foram 11 vítimas fatais, segundo a Secretaria de Saúde. A febre maculosa é mais comum em áreas rurais, onde o carrapato transmissor se reproduz e se hospeda, em busca de alimento, em animais como cavalos, capivaras, porcos, aves silvestres e cães. Segundo o médico infectologista Evaldo Stanislau, o carrapato portador da bactéria responsável pela doença se alimenta do sangue do ser humano após uma picada indolor na pele. “Mas o animal precisa ficar de seis a dez horas em contato com o sangue para liberar a bactéria”, ressaltou. Ele recomenda que, ao perceber a ação do carrapato, a pessoa não o esmague, pois, caso contrário, a bactéria será imediatamente liberada e, ao entrar em contato com o sangue, há risco de contágio. “Deve-se pegar o carrapato com uma pinça”, orienta o médico. O infectologista explicou que o diagnóstico da febre maculosa pode ser confundido com o de outras doenças. De acordo com o médico, os sintomas iniciais de febre alta, dores musculares, vômitos e enjôos são os mesmos de uma intoxicação alimentar. Depois de cinco dias de manifestação da doença, aparecem manchas nos pulsos e cotovelos, que se proliferam pelo corpo. Segundo ele, a bactéria fica incubada no corpo, em média, por uma semana. Depois que começa a se manifestar, pode matar em oito dias.




