18/11/2005 15h57 – Atualizado em 18/11/2005 15h57
Dourados News
A Daemon Editora, responsável pela publicação de livros sobre o RPG – Role Playing Games, está distribuindo comunicado a todos os praticantes desse jogo e à imprensa em geral, condenando a forma como essa prática foi utilizada até agora e que induz aos adeptos a pecha de “bodes expiatórios, por delegados ineficazes, pastores evangélicos, vereadores oportunistas e jornalistas incompetentes”.Para justificar a versão, está sendo distribuído e-mail em que alguns casos são citados como ocasionais e foram atribuídos ao jogo do RPG, como o doa de novembro de 2000, na cidade de Teresópolis (RJ), quando duas garotas, de 14 e 17 anos, foram estupradas, torturadas e estranguladas com um intervalo de seis dias entre os crimes. O verdadeiro assassino das garotas, Humberto Ventura de Oliveira, de 25 anos, confessou o crime seis dias depois da prisão de um RPGista; era o jardineiro da casa e nunca sequer havia passado perto de um livro de RPG.Em outubro de 2001, Aline Silveira Soares viajou do Espírito Santo com sua prima e alguns colegas para Ouro Preto para participar da “Festa do Doze”, que é uma espécie de Carnaval fora de hora entre as faculdades da região, com R$40,00 e a roupa do corpo para passar três dias. Segundo o laudo, Aline consumiu drogas durante o dia anterior ao de sua morte, um crime que não teve nada a ver com RPG, mas sim com dívida de drogas e que resultou até agora na prisão de quatro garotos injustamente (eles não são jogadores de RPG, fato comprovado pela mãe da vítima em depoimento ao vivo na rede Bandeirantes de TV) e um completo show de aberrações e absurdos na mídia.Em outro caso, a Polícia Civil do Espírito Santo prendeu, na noite de 12 de Maio de 2005, dois acusados pelo assassinato do aposentado Douglas Augusto Guedes, da mulher dele, a corretora de imóveis Heloísa Helena ndrade Guedes, e do filho do casal Tiago Guedes, em Guarapari. Os corpos dos três foram encontrados amarrados e deitados em camas no dia 5 de maio. Na mesma data, eles foram sepultados. A história do “RPG” só apareceu dois dias depois que os assassinos foram capturados pela polícia, sob orientação do advogado de defesa da dupla e a mídia “esqueceu” do caso após a intervenção da Daemon Editora com o delegado de Guarapari.
