22/11/2005 08h22 – Atualizado em 22/11/2005 08h22
Terra
Prostitutas aderiram ao projeto de revitalização da praça Tiradentes, um tradicional reduto da boemia no centro do Rio de Janeiro. Com medo de serem “desalojadas”, as cerca de 150 prostitutas da área deram início a um “mutirão” na região. Desde o ano passado, a ONG Davida, que defende os direitos das prostitutas no Estado e é dirigida por uma delas, realizou uma série de intervenções na praça. Nesse período, elas se reuniram com comerciantes e donos de hotéis da região e cobraram “mais limpeza e arrumação” nos estabelecimentos, informou o jornal Folha de S.Paulo. Reivindicaram e ganharam uma iluminação mais forte na rua Imperatriz Leopoldina, principal ponto das prostitutas na praça. Neste ano, as prostitutas foram incluídas no calendário cultural da praça. Na última quinta de cada mês, elas realizam o evento “Mulheres Seresteiras”, em que cantam. Também encenam a peça “Cabaré Davida”. A próxima apresentação será no dia 1º, Dia Mundial da Luta Contra a aids. Uma outra iniciativa da ONG Davida é o lançamento de uma grife de roupas para “”profissionais do sexo e simpatizantes”: a Daspu. Segundo as 22 prostitutas do Estado do Rio, sócias no empreendimento, o nome é uma brincadeira com a milionária loja de São Paulo, a Daslu. A primeira peça da nova grife será a camisa do bloco carnavalesco Prazeres Davida, que deverá começar a ser vendida no ensaio da próxima segunda na praça Tiradentes. Inicialmente, as sócias investirão cerca de R$ 5 mil no projeto.