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quinta-feira, 1 de maio de 2025

Estado deve ganhar mais uma usina ainda esse ano

24/11/2005 16h05 – Atualizado em 24/11/2005 16h05

Fatima News

Um grupo alagoano pretende investir cerca de R$ 150 milhões na estruturação na instalação de uma nova usina em Mato Grosso do Sul. A informação é do secretário de Produção e Turismo (Seprotur), Dagoberto Nogueira Filho, que se reuniu com o representantes do grupo na manhã de hoje em Angélica, a 261 quilômetros da Capital, onde será instalada a nova usina. A usina tem previsão inicial de moer em torno de 900 toneladas de cana-de-açúcar por safra, com capacidade de aumento para três mil. A empresa deve gerar cerca de mil empregos diretos nessa fase. Além disso, de acordo com o secretário Dagoberto, o maior interesse do grupo, que tem mais de 150 anos de tradição no mercado sucroalcoleiro, está em arrendar a área onde pretende se instalar. “Não poderia haver oportunidade melhor para a região. Imagina o giro comercial que isso vai representar”, acrescentou DAgoberto, que também ressaltou que o incentivo fiscal oferecido pelo governo do Estado agradou os empresários. A expectativa do secretário Dagoberto Nogueira é de que o pedido de incentivos seja protocolado ainda essa semana junto ao Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI). “O grupo até já se mostrou interessado em três propriedades da região”, ressalta Nogueira ao comentar que o grupo empresarial já tem até uma previsão de funcionamento da usina: O segundo semestre do ano que vem. Ainda de acordo com o secretário, a previsão é de que a produção de álcool seja destinada quase que totalmente para atender o mercado interno, enquanto que a de açúcar será revertido praticamente 100% para exportação. TradiçãoDe origem portuguesa, o grupo hoje instalado em Alagoas começou a moer, em patamar industrial, em julho de 1894 e tornou-se na época uma das maiores do setor em toda a América Latina. Porém, de acordo com representantes do grupo, o trabalho começou por volta de 1855, bem mais modesto do que é hoje. Após passar por três processos de ampliação, a indústria conta hoje com dois mil funcionários efetivos (entressafra) que se somam a outros 2,5 durante a safra agrícola. Mas esse número é bem maior, chega a 20 mil somando-se os empregos diretos e indiretos. Os dados da produção também merecem destaque. A área da empresa chega a 32 mil hectares onde 20 mil são destinadas, exclusivamente, para a produção de cana-de-açúcar – 90% da cana moída na indústria – ou seja, cerca de mil toneladas por safra. Os outros 10% são obtidos de fornecedores locais. Na produção final o grupo chega a produzir 115 milhões/kg de açúcar e mais de 30 milhões/litros álcool, em ambos os casos, aproximadamente 90% é para atender o mercado externo. Questionado quanto à segurança ambiental da indústria – referindo-se a discussão do projeto de lei que propõe a instalação de usinas dessa natureza na Bacia do Alto Paraguai – os empresários do grupo resumiram o seu posicionamento ao dizerem que há mais de 20 anos já existiam equipamentos ultramodernos e que garantiam tranqüilidade na questão ambiental. “É claro que toda indústria tem seus contra-tempos alias, estamos preparados para isso, mas nada que se compare à poluição de um rio”, descreve. A reunião, que aconteceu no Sindicato Rural de Angélica, contou com a participação do prefeito do município, João Donizete Cassuci; o presidente do Sindicato Rural, Juvandir Pereira de Sá; o superintendente de Indústria e Comércio da Seprotur, Paulo Renato Dolzan e o consultor José Lopes Filho, além de Dagoberto Nogueira e o empresário português.

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