25/11/2005 14h55 – Atualizado em 25/11/2005 14h55
Da Redação
A Polícia Civil da cidade de Água Clara conseguiu identificar a quadrilha responsável pelo furto de quase 300 cabeças de gado em uma propriedade do município. Cinco pessoas são acusadas de participação no crime. Segundo o delegado do município, Ailton Pereira de Freitas, as investigações tiveram início na última segunda-feira, quando a delegacia recebeu a informação de que 191 cabeças de gado da raça Nelore haviam desaparecido da fazenda Bonito-Agropeva entre os dias 3 e 18 de novembro. A propriedade fica localizada a 80 quilômetros do município, na estrada de cascalho que liga Água Clara á Costa Rica. Através de investigações, os agentes de polícia conseguiram chegar até Donizete José Leonato, 45 anos. Ele que, de acordo com o delegado, era funcionário da fazenda há cerca de um ano e meio entregou também Rosival dos Santos, conhecido como “Pequeno”, 32 anos, funcionário de uma fazenda vizinha. ESQUEMAQuando interrogados, os dois acusados teriam entregado todo o esquema e apontaram ainda a participação de mais quatro pessoas. Conforme o delegado, os dois acusados, em conjunto com Miguel Aparecido Farias, 45 anos, que é investigado por furto de gado pelo 2° Distrito Policial de Três Lagoas, e Cirso João de 46 anos, teriam tocado o rebanho até a fazenda vizinha, onde “Pequeno” trabalhava, na noite dos dias 4 e 5 deste mês. De lá, os acusados teriam carregado os dois caminhões boiadeiros, responsáveis por transportar o gado até a cidade de Chapadão do Sul. Luiz Carlos Campos, 32 anos, e Geraldo Pereira Dias, o “Geraldo Capela”, 48 anos, também estariam envolvidos no esquema. Os dois, ambos da cidade de Ribas do Rio Pardo, seriam os motoristas dos caminhões. Freitas explicou que da cidade de Chapadão do Sul, o gado foi encaminhado novamente para a cidade de Paranaíba, onde foi vendido a um pecuarista local por R$ 80 durante um leilão. CHEFEA negociação teria sido feita por uma pessoa de nome de Max, apontada pelos acusados como o chefe da quadrilha. “Por enquanto, nós sabemos apenas que esse Max seria bastante conhecido entre os pecuaristas da cidade e região por trabalhar com compra e venda de bovinos”. Além do furto das 199 cabeças, a Polícia Civil descobriu ainda que o mesmo grupo teria sido responsável pelo furto de 90 vacas no dia 15 de outubro. As vacas foram localizadas na fazenda Estiva em Chapadão do Sul, mesma em que o outro rebanho teria pousado por dois dias. O delegado finalizou dizendo que as investigações deverão continuar para localizar os dois motoristas e o chefe do esquema, que estão foragidos. Os dois funcionários deverão responder em liberdade, uma vez que se apresentaram espontaneamente na delegacia. “Eles deverão responder em liberdade agora, mas isso não quer dizer que não serão punidos futuramente”. Os cinco deverão responder por crime de Abigeato (furto de gado) e formação de quadrilha. A maior parte dos bovinos já foi devolvida ao verdadeiro proprietário.