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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Incêndio paralisa usinas nucleares de Angra 1 e 2

25/11/2005 13h45 – Atualizado em 25/11/2005 13h45

Efe

As centrais nucleares de geração de energia elétrica Angra 1 e 2, no Estado do Rio de Janeiro, foram desligadas nesta sexta-feira devido a um incêndio em um dos transformadores de alta tensão de Angra 2, informa a Eletronuclear, companhia estatal que administra as usinas.O incidente ocorreu às 4h33 e, imediatamente, o sistema de proteção automática desligou as duas unidades. A companhia ressaltou que o incêndio foi “de natureza elétrica, não nuclear” e que não há qualquer “anormalidade dentro das usinas”, e com isso descartou a possibilidade de danos à saúde dos funcionários ou ao meio ambiente.”Por enquanto, não sabemos as causas do incêndio e estamos aguardando a chegada de especialistas da empresa fabricante (a alemã Siemens)”, disse Ricardo Luiz dos Santos, diretor-adjunto de Angra 2. As centrais nucleares de Angra 1 e 2 produzem cerca de 1.500 megawatts de energia e ficam a 180 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, em uma enseada chamada Itaorna.A Eletronuclear informou ainda que, como o incêndio aconteceu em Angra 2, a usina de Angra 1 voltará a funcionar hoje mesmo. De acordo com os técnicos, uma pequena explosão do transformador principal de Angra 2 destruiu o revestimento de saída de alta tensão, fabricado em porcelana, o que levou à desativação dos outros dois transformadores.O transformador danificado recebe uma tensão de, aproximadamente, 250 megawatts e os transforma em 500 megawatts, acrescentaram os especialistas. “No melhor dos cenários, teremos de trocar a peça de porcelana que reveste o transformador e, no pior, mudar o transformador completo, o que levaria a uma interrupção, pelo menos, até 2006″, disse Santos. O diretor explicou que o problema não prejudicará o fornecimento de energia porque o sistema elétrico nacional está interligado, o que permite isolar as áreas deficientes.”Quando uma usina de geração de eletricidade sai de serviço, entra outra em substituição, com capacidade parecida”, disse. O diretor afirmou ainda que o desligamento das duas centrais nucleares não foi percebido no abastecimento de energia em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que recebem a maior parte da eletricidade das unidades de Angra.

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