25/11/2005 11h17 – Atualizado em 25/11/2005 11h17
Terra
Os malabarismos, dribles e gols do meia Ronaldinho, do Barcelona e da Seleção Brasileira, levaram Pelé a aceitar comparações com o favorito ao título de melhor jogador do mundo em 2005. Pelé acredita que o jogador que teve papel de destaque na conquista da Copa de 2002 será ainda mais importante para o sucesso do time de Carlos Alberto Parreira na próxima Copa do Mundo. “Ele é diferente, mas poderia dizer que é parecido comigo. Ele é o grande representante do Brasil, o que tive a honra de ser na minha época… A situação dos dois é parecida”, disse Pelé. “Sem dúvida se há um jogador que dá alegria de ver é o Ronaldinho Gaúcho. O melhor jogador do mundo é ele… na Copa da Alemanha o Brasil vai precisar dele ainda mais que antes, ele tem tudo para ir bem de novo.” Para o ex-jogador, o favoritismo será o maior adversário da Seleção Brasileira, primeira colocada no ranking da Fifa e avaliada como melhor equipe do mundo por grande parte dos treinadores e especialistas. “A Holanda ficou dez anos como melhor equipe da Europa nos anos 70 e perdeu na Alemanha e na Argentina. O Brasil era a melhor equipe em 82 (na Copa da Espanha) e foi derrotado pela Itália”, disse. “Esse favoritismo é muito ruim porque se transforma em obrigação de ganhar”, afirmou ele, acrescentando que os principais oponentes da Seleção Brasileira na Copa de 2006 devem ser Inglaterra, Itália e República Checa. Brasileiro manchado Sobre o Campeonato Brasileiro, que pode ter seu campeão selado neste domingo, Pelé disse que a competição “está manchada” pelo escândalo de arbitragem que resultou na repetição de 11 partidas, mas declarou que “não é culpa do Corinthians se o time ganhar o troféu”. Ele afirmou ainda que o São Paulo é o seu favorito para conquistar o Mundial Interclubes em dezembro, porque “tem um bom time e está com moral”. Tido como modelo de atleta durante sua carreira por conta de seu preparo físico, Pelé vai se arriscar nas passarelas no futuro próximo, assim como fez em Berlim em março deste ano, para desfilar pelo mundo com a coleção de roupas que leva a sua marca. Serão roupas com padrões dos anos 70, incluindo casacos, calças, bolas e pares de tênis. A iniciativa, segundo ele, é um passo para a mundialização da sua marca, que ele considera insuficiente até o momento. “Eu sempre fiz muitas propagandas, mas o único produto que levou a minha marca pelo mundo foi o Café Pelé. Eu cuidava muito mal disso”, afirmou. A edição limitada de roupas Puma Pelé deve chegar às lojas em breve, segundo o ex-jogador, que ainda revelou planos de vendas de cosméticos, roupas esportivas, canetas, relógios, uma linha de aparelhos de telefonia celular e do perfume Pelé L’uomo, a ser produzido pela Charabot.