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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Sobe para 28 o total de focos de febre aftosa no Brasil

29/11/2005 07h34 – Atualizado em 29/11/2005 07h34

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Elas agregaram, no entanto, que todos os focos estão localizados dentro de uma área já isolada composta por cinco municípios no sul do estado de Mato Grosso do Sul, pólo criador de gado do país com cerca de 25 milhões de cabeças. Nas 28 fazendas afetadas, com um rebanho total de 16.062 animais, foram sacrificados até agora 14.443 bovinos, 184 suínos e 158 pequenos ruminantes, segundo um comunicado divulgado hoje pelo Ministério da Agricultura. Os três novos focos foram detectados no município de Mundo Novo, dois dos quais em pequenas propriedades de subsistência vizinhas, acrescenta a nota. Na Chácara São Benedito, com 28 cabeças de gado, se confirmou um caso da doença e se diagnosticou outro na Chácara Monte Castelo, cujo proprietário tem 10 animais. O terceiro foco fica na fazenda NS, cujo rebanho é de 333 bovinos. O Ministério da Agricultura informou que, como medida de segurança, continua proibido qualquer movimento de animais nos municípios de Eldorado, Japorã, Mundo Novo, Iguatemi e Itaquiraí. Em Eldorado, o primeiro município a ter a doença, foram detectados até agora quatro focos, em Mundo Novo, outros cinco, e em Japorã, dezenove. O Ministério informou que investiga casos suspeitos da doença em nove propriedades no Paraná, mas que os resultados até agora não permitem confirmar a presença de aftosa nesse estado. O Ministério da Agricultura confirmou, por outro lado que a Rússia, o principal mercado individual das carnes brasileiras, manteve seu embargo ao produto procedente apenas de três dos 27 estados do país (Mato Grosso do Sul, Amazonas e Pará) e liberou as compras procedentes das outras regiões. Atualmente, 51 países mantêm embargos totais ou parciais às carnes brasileiras. Segundo o Ministério da Agricultura, o embargo, na maioria dos casos limitado ao Mato Grosso do Sul, é mantido por Angola, Argentina, Bolívia, Bulgária, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Cuba, Egito, Indonésia, Israel, Líbano, Malásia, Marrocos, Moçambique, Namíbia, Noruega, Paraguai, Peru, Romênia, Rússia, Cingapura, Suíça, África do Sul, Ucrânia e Uruguai. Além disso, está vigente nos 25 países da União Européia (UE), o principal destino das exportações de carne bovina brasileira. Os produtores calculam que essas restrições provocarão perdas avaliadas em cerca de US$ 300 milhões apenas neste ano. O Brasil, no entanto, continuará sendo em 2005 o maior exportador mundial de carnes bovinas e para este ano prevê um faturamento de US$ 2,7 bilhões.

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