22.8 C
Três Lagoas
sábado, 13 de dezembro de 2025

PF prende no Sul quadrilha de roubos pela Web

01/12/2005 14h38 – Atualizado em 01/12/2005 14h38

Agência Brasil

A Polícia Federal desarticulou hoje na Operação Ponto Com uma quadrilha especializada em crimes pela Internet na região Sul. O grupo é suspeito de roubar a senha bancária de usuários da rede e transferir o dinheiro para a conta de laranjas na região Sul. Mais de 280 policiais federais nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná foram mobilizados para cumprir 45 mandados de prisão, 63 mandados de busca e um mandado de apreensão de menor. De acordo com o delegado Gabriel Madruga, da Delegacia de Repreensão a Crimes Fazedáios, a Polícia Federal, em Porto Alegre e região metropolitana foram já pessoas 17 pessoas. As outras prisões foram feitas em Santa Catarina e Paraná, com envolvidos procurados também em São Paulo e Salvador. A quebra do sigilo bancário, autorizada pela Justiça, revela um prejuízo estimado em R$ 1 milhão por mês para o sistema financeiro nacional. Segundo as investigações, a quadrilha já vinha atuando há pelo menos um ano. O líder da organização criminosa, um homem de 43 anos, atuava em Novo Hamburgo (RS), a 45 Km da capital gaúcha, também foi preso. O delegado disse que as investigações, iniciadas há cinco meses, revelaram que o esquema criminoso se baseava no envio de mensagens eletrônicas que direcionam internautas desavisados a programas espiões que capturam senhas bancárias. De posse das senhas, os criminosos acessavam as contas das vítimas e transferiam o dinheiro para contas de “laranjas”. Outro destino do dinheiro furtado eletronicamente era o pagamento de títulos e contas, como de telefone, luz e água, além de multas de trânsito. Os criminosos ainda negociavam com hackers (piratas da eletrônica) as listas de endereços eletrônicos para os quais eram encaminhados os programas espiões (também conhecidos como key loggers) e as mensagens de spam. Os boletos bancários para pagamento e as contas de “laranjas” para a realização das transferências, por sua vez, eram angariados por outros membros da quadrilha, que muitas vezes também se encarregavam de ir até o banco sacar o dinheiro e repassá-lo ao hacker . Os envolvidos deverão ser indiciados pela prática dos crimes de furto qualificado, receptação, formação de quadrilha e de interceptação de informática não autorizada. As penas somadas variam de cinco a 15 anos de reclusão e multa.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.