05/12/2005 14h17 – Atualizado em 05/12/2005 14h17
MS Noticias
O teatro Dom Bosco será palco nesta terça-feira, dia 6 de dezembro, às 14h, do encerramento da 9ª edição do projeto CIM – Centro de Documentação, Imagem e Memória de Mato Grosso do Sul em parceria com a Semed – Secretaria Municipal de Educação.Teatro, dança e música estão entre as atrações que resgatam a temática trabalhada durante o ano: Ferrovia – uma história lendária. A escolha do tema, segundo a coordenadora do projeto, Déborah Passareli de Barros Souza, foi devido à importância do transporte ferroviário para o desenvolvimento brasileiro. O espetáculo que encerra as atividades do CIM este ano trará temas como ecologia, índios, imigrações, famílias pioneiras, enfim, as modificações causadas com a implantação do transporte ferroviário. Conforme a programação, os alunos farão uma viagem ao passado. O retrospecto tem início em 1854, quando então acontece a primeira inauguração de uma estrada de ferro no país, até 1914 – com ecoar do apito da primeira Maria Fumaça em terras do então sul de Mato Grosso – hoje Mato Grosso do Sul.De acordo com a coordenadora do CIM na Semed, Rita de Cássia Galícia, o evento deve reunir cerca de 1500 alunos de 16 escolas da rede municipal de ensino, além de autoridades de Campo Grande.Desde abril, em torno de 1500 alunos da Reme participaram de atividades pedagógicas voltadas para o resgate da história das linhas férreas. Para a presidente da Fundação Barbosa Rodrigues, Márcia Barros Rodrigues, a valorização da cultura regional depende da conscientização das novas gerações. “O CIM ao fazer uso de umalinguagem acessível ao universo infantil possibilita o aprendizado sobre a história de forma natural e transforma as crianças em multiplicadores da cultura sul-mato-grossense”, ressalta.As escolas que fizeram parte do CIM, este ano, foram: Harry Amorim Costa, Consulesa Margarida Maksoud Trad, Padre José Valentim, Arlindo Lima, Nazira Anache, Maestro João Corrêa Ribeiro, João Nepomuceno, José Rodrigues Benfica, Marina Couto Fortes, Nelson de Souza Pinheiro, CAIC – Rafaela Abrão, Maria Tereza Rodrigues, GonçalinaFaustina de Oliveira, Vanderlei Rosa de Oliveira, Elízio Ramires Vieira e Elpídio Reis. Sobre a NoroesteA Noroeste do Brasil, nos 1300 km de linha tronco entre Bauru – Corumbá atendeu a cerca de 36 municípios, sendo que 25 no estado de São Paulo e 11 em território sul-mato-grossense, num total de 1197 km de extensão. Por este trajeto, cargas de cereais, tijolos, telhas, cana-de-açúcar, café, animais, como também escoamento da produção agrícola e produtos industrializados. Para aqueles que fizeram parte desta história, como o ex-manobrador da Noroeste, Eduardo Patrocínio, é uma emoção forte relembrar. “Sinto uma alegria e uma tristeza ao mesmo tempo. É bom lembrar das coisas boas que vivemos mas, em contrapartida, é lamentável ver extinto algo que já foi tão importante para o Estado”, desabafa.O projetoO CIM foi criado em 1991 com a proposta de preservar por meio de resgate de documentos e imagens a cultura sul-mato-grossense. Em 1996, contudo, que o projeto ganhou uma proporção ainda maior: inseriu as escolas municipais no contexto. A partir daí, o que é trabalhado em sala passou a ser apresentado à comunidade nosdesfiles cívicos e apresentações de peças teatrais como desfecho de cada edição do projeto. Conforme números da entidade, nestes quase 10 anos de funcionamento em parceria com a Semed, cerca de 80 mil alunos já passaram pelo projeto.