05/12/2005 15h02 – Atualizado em 05/12/2005 15h02
Da Redação
O nome ainda é desconhecido pela população. Poucas pessoas sabem que Libras é o nome que se dá à Linguagem Brasileira de Sinais. De acordo com a lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, todos os órgãos públicos devem apoiar o uso de Libras como meio de comunicação entre os D.As (deficientes auditivos) do Brasil.A cidade possui apenas uma professora de Libras. Marilene Cruz de Aguiar, ensina a linguagem dos sinais e também auxilia D.As em suas aulas. Ela ouve o que a professora fala aos alunos e, em seguida, interpreta em Libras ao aluno deficiente.Marilene conta que resolveu aprender a linguagem para ajudar outras pessoas na igreja. “Percebia que os D.As não entendiam o culto, daí vi a necessidade de saber os sinais”, diz. Em Três Lagoas, os projetos de inclusão social ainda são muito pequenos. Segundo Marilene, em São Paulo-SP, sua cidade natal, a maioria dos estabelecimentos como bancos e farmácias já têm um intérprete de Libras. “Aqui ainda está muito difícil, pois faltam patrocícnio e divulgação dos nossos projetos”, revela MarileneA professora já ministrou cursos na igreja Peniel e na UFMS. A duração é de três meses e as aulas eram aos sábados. Libras é uma linguagem dinâmica por causa dos traços fortes de regionalização do país. “Cada cidade tem uma gíria diferente. Um sinal que se faz hoje, amanhã poderá não existir mais”, explica Marilene.As idades dos alunos auxiliados pelas Libras vão de 9 a 19 anos. Alguns ainda cursam o ensino fundamental, pois o aprendizado para os D.As é muito lento. Com um dos sentidos comprometido, a memorização também é dificultada, segundo Marilene.DIFICULDADESA professora diz também que no começo, cerca de um ano atrás, as outras crianças da sala dificultavam as explicações ao D.A. “Elas queriam saber da novidade e aprender também os sinais”. Estima-se que no Brasil haja 5,7 milhões pessoas com deficiência auditiva (Censo – IBGE 2000).